84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Professor Munhoz: “Legendário patrimônio cultural vivo do Estado e “Ícone de Cultura e Caráter”.

                              Em velho e quebradiço calhamaço, encontramos, há pouco, alguns dados sobre o professor Munhoz, dizendo: “ Na noite de 03 de maio de 2008, no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá, no término do I Encontro Interdisciplinar, cujo tema foi “ Macapá: pensamento, cultura e educação em 250 anos de história”, o Instituto de Ensino Superior do Amapá – Iesap – através da professora Maria do Socorro Paiva Rodrigues, diretora geral, e do professor José Adauto Teixeira Rodrigues, diretor administrativo, prestou homenagem ao professor Antônio Munhoz Lopes, pelos “ seus relevantes serviços prestados à educação do povo amapaense”, considerando-o “ legendário patrimônio cultural vivo do Estado”. E junto uma carta do seu amigo Enéas Alvarez, escrita em Olinda (Pernambuco), perto do Farol, no dia 18 de abril, também de 2008, ele, num tópico contando: “Visitei outro dia meu amigo Francisco Brennand, escultor e pintor, com quem passei uma aprazível manhã, e lembrei muito de você, pois na Nova Jerusalém encontrei um agradável casal amapaense, por quem lhe mandei lembranças. Quando falei no seu nome, só vieram elogios. Como você é respeitado aí, na sua terra! Orgulhei-me de ser seu amigo e de poder ter falado no seu nome, ícone de cultura e caráter”. E o professor José Humberto Gomes de Oliveira, numa carta de Capistrano, Ceará, no dia 10 de abril também de 2008, escreveu: “Hospedei-me na casa do amigo Bismark, em Fortaleza, e falamos a seu respeito. Para ele, tê-lo como amigo significa honra e status.  Endosso, de coração, o que diz o Bismark”. Acima, o professor Munhoz numa foto tirada em Lisboa, na manhã de 03 de agosto de 2007, quando estava com 75 anos de idade.
 


NAS GRUTAS VATICANAS, O TÚMULO DE GIUNIO BASSO

                          Numa carta escrita no dia 29 de julho de 1985, em Roma, para a professora Ester Virgolino, o professor Munhoz dizia:"A manhã toda de hoje passei na Basílica de São Pedro, descendo às Grutas Vaticanas. E o primeiro túmulo que visitei foi o do Príncipe dos Apóstolos ("Sepulcrum Sancti Petri Apostoli"), renovando a minha fé no Papa, como representante de Cristo na terra: "Tu es Petrus et super hanc pétram aedificabo Ecclesiam meam". Lembrei também do que dizia Santo Ambrósio: "Ubi Petrus, ibi Ecclesia", onde está Pedro, aí está a Igreja, admirando os sepulcros de Pio XII (Eugenio Pacelli), João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli), Paulo VI (Giovanni Battista Montini) e João Paulo I (Albino Luciani), cujo o pontificado durou apenas 33 dias. Mas o que na verdade me deixou deslumbrado foi o túmulo de Giunio Basso, descoberto durante as escavações para a construção da nova Basílica de São Pedro, em 1597. É um trabalho admirável de mármore, chamando-me a atenção a figura de Cristo no trono: jovem e sem barba. Giunio Basso foi prefeito de Roma, morrendo quando tinha apenas 42 anos e dois meses, logo após a sua conversão ("Neofitus iit at Deum"). O túmulo é de 359 d.C., sendo considerado um dos mais importantes documentos da arte funerária romana. Num dos fragmentos da cartela encontrada em 1942 é confirmada a data de sua morte, quando era cônsules Eusébio e Spazio. Acima, o túmulo de Giunio Basso, uma das maravilhas da arte funerária da velha Roma, considerada outrora "A cidade dos Césares" e ainda hoje "A cidade dos Papas".

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LEMBRANDO UMA EXPOSIÇÃO

                                Quando o professor Munhoz fez 80 anos, em fevereiro de 2012, dentre tantas homenagens, uma das mais significativas foi, sem duvida, a do SESC-AMAPÁ, com uma exposição denominada "Antônio Munhoz em Memórias e Nuances" e da qual encontramos agora a relação dos 60 itens apresentados naquele momento, na galeria que tem o seu nome. Foram vistas peças raras, de grande qualidade artística, sentimental e algumas até curiosas como dos frascos gregos de perfume; um bule marroquino; um vaso egípcio de metal; um relógio português, uma escultura do Kênia; um grande vaso de Limoge, um Buda do Nepal e uma menorá que trouxe de Israel, na sua primeira visita à Terra Santa. Uma das preciosidades foi uma edição da "Imitação de Cristo", de Thomaz de Kempis, de 1826, presente de dona Vina Marques, viúva do poeta português Manuel Correia Marques, seu amigo. Um outro livro exposto, com dedicatória, foi "La Belleza Salverà il Mundo", editado na Itália, sobre a obra pictórica do padre Fulvio Giuliano, onde aliás o professor é citado. Outros livros, com dedicatória, foram de Manoel Costa e Lindanor Celina, que viveu em Clamart, na França. A pintura teve seu ponto alto com obras de Fulvio e Franco Giuliano, como de R. Peixe e Rouslam Botiev, artista mongol que, hoje, vive em Lisboa. E outra curiosidade foi uma caricatura do professor Munhoz, feita em Madri, na Espanha, pelo argelino Yagoub Chouaíb. Além de retratos, incluindo o primeiro tirado em sua vida, no dia 10 de junho de 1932, com 04 meses, numa escrivaninha havia cartas escritas em diversas cidades do mundo, como Leningrado, hoje São Petersburgo, Paris, Jerusalém e Dublin. E, acima, o homenageado diante de 03 telas na exposição, em foto de Consolação Corte, sua amiga. 

ANTÔNIO MUNHOZ: "CITOYEN DU MONDE"


                                                   Encontramos uns dados biográficos do professor Munhoz, em francês, dizendo: "Fils de José Ayres Lopes et Izabel Munhoz Lopes, est né à Belém du Pará le 10 fevrier 1932. Il accomplit ses études juridiques à Belém dans la vieille Faculté de Droit du Pará. A Macapá, il fut le premier commissaire de la "DOPS" (Commissariat à l'Ordre Politique et Social). Il fut Directeur du Collége de l'Amapa, Secrétaire à l'Education, Secrétaire à la Justice Fédérale de Première Instance et Directeur du Conservatoire de Musique de l'Amapa. Il réalisa les premiers salons d'art plastique de l'Amapa, dès septembre 1963. En octobre 1869 il est choisi par un jury comme "Maître de l'Année, recevant à cette occasion un stylo d'or du Gouverneur Ivanohé Gonçalves Martins. A cause des nombreux, voyages qu'il continue de faire sur tous les continents, Haroldo Franco l'a appelé "citoyen du monde", ainsi que "un des meilleurs maîtres de la nouvelle civilisation que le Brésil est en train d'implanter en Amazonie". Alcy Araújo a dit Antônio Munhoz: "Une figure impressionnante, dotée du plus solide bagage culturel entre ceux qui fréquentent les itinéraires de la Latitude Zero." Pour Antônio Munhoz, "voyager est une des meilleures choses de l'existence". Acima, o professor Munhoz num recanto da velha Paris, uma das cidades que ele mais ama no mundo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

EM BOROBUDUR, NA ILHA DE JAVA


    O professor Munhoz, não faz muito tempo, lembrou as quatro vezes em que já esteve em Jerusalém, umas das cidades mais antigas do mundo. Agora, ele recorda uma ilha de quase 1.200 quilômetyros de extensão, com 220 de largura e que no século I da nossa era, ali já havia ricas colônias indianas. Seu nome em sânscrito é "Yavadvipa", que significa "ilha da cevada abundante". Quanto à sua importância, basta lembrar que no local viveu o "Pithecanthropus erectus", descoberto no século XIX por Dubois. Mas o nosso interesse, no momento, é pelo monumento budista considerado o maior do mundo, e que foi encontrado em 1815, pelos ingleses, e é conhecido por Borobudur. Sua construção tem a forma de uma uma pirâmide truncada em sete degraus, e em cujo topo se encontra uma estupa central, rodeada de outras menores, com um Buda em oração. Segundo se acredita, o monumento foi abandonado em meados do século XV, quando a Ilha de Java abraçou o islamismo, renunciando ao budismo. Mas as ruinas descobertas em 1815, só entraram para a lista dos Patrimônios da Humanidade da Unesco, em 1991. O projeto de restauração foi concluido em 1983, ao custo de 25 milhões de dólares. Os níveis mais altos da estrutura escalonada são arrmatadas com 72 estupas em formato de sino, com mais de 400 Budas. Borobudur, na Indonésia, é obra-prima do gênio criativo da humanidade e, como lembrou o repórter Zeca camargo, num livro da Editora Globo, em 2009, Borobudur "é uma construção que já seria impressionante hoje, mas ganha ainda mais força guando nos lembramos que está ali há mais de 1000 anos". E na foto acima, na manhã de 24 de julho de 1996, vemos o professor Munhoz abraçando um Buda na Ilha de Java, na Indonésia, afirmando o que se diz de Borobudur: que é o maior monumento budista do mundo.

PROFESSOR MUNHOZ: "COLUNISTA SOCIAL" (I)


    O professor Munhoz, de quem já se disse que "é quase uma marca, sendo o professor de Literatura mais celebrado do Estado", nos anos 80 fez coluna social e numa edição de "O Estado do Amapá", do dia 05  de dezembro de 1980, definiu em 50 itens o que era naquele tempo, "curtição, luxo, beleza e muito chique", como: I - "Os jantares "en petit comité" na casa dos amigos Maurice e Leila Ghammachi. Eram Jantares requintadíssimos"; II - "Passar as manhãs de domingo, na "Morrada dos Ventos", de Marlindo e Isolina Serrano, casal que sabe receber, primando pelo bom-gosto"; III - "Ir à casa de Nilde e Maria Tereza Santiago. O Dr. Nilde é a tranquilidade personificada. E Maria Tereza, um vulcão de exuberância, simpatia e bem servir"; IV - "Sair na coluna de Edwaldo Martins, in "A Província do Pará". Edwaldo é um colunista eclético e "raffiné", além de amigo de verdade"; V - "Ir para o exterior, na companhia de Edyr Pacheco, um companheiro fora de série, amigo em toda e qualquer circunstância"; VI - "Sair zanzando, pela noite, em companhia de Euton Ramos. Babá tem sempre coisas do arco-da-velha para contar"; VII - "Ler os livros de Gore Vidal e Truman Capote. Na literatura nacional é indispensável conhecer Clarice Lispector"; VIII - "Frequentar, em Belém, a casa de Alcyr e Francy Meira. Francy é mulher elegantíssima e chiquérrima"; IX - "Ler "Vogue" (nacional) e "Interview" (também nacional). Não se pode neste momento, desconhecer a filosofia de Andy Warhol"; X - "Assistir cinema (video-cassete) na belíssima cada de Abílio Couceiro, em Belém. Abílio e Míriam são amigos-irmãos"; XI - "E nas caladas da noite, ouvir um noturno de Chopin, ou uma sinfonia de Beethoven. Ou mesmo uma ópera de Verdi". Na foto acima, o professor Munhoz com os Ghammachi (seu Maurice, dona Leila e Gisele), na noite de 24 de dezembro de 1996, durante a ceia de Natal, em sua casa da Leopoldo Machado, com a Felipe Camarão.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ALGUMAS ROTAS DE PEREGRINAÇÃO, COMO SANTIAGO DE COMPOSTELA


    Visitar igrejas e museus é com o professor Munhoz. Ele não mede distância, tendo sido a partir de julho de 1967 que iniciou um longo peregrinar, que ainda não acabou, apesar de seus 82 anos bem vividos, sem reclamar cansaço. E em muitos desses lugares, como Fátima, em Portugal, e Santiago de Compostela, na Espanha, é capaz de chegar por lá de olho fechado. Na Terra Santa, onde viveu Jesus, já esteve quatro vezes, começando por Belém, com a Igreja da Natividade, depois tomando banho no Mar Morto, rezando na igreja do Pater Noster, passando horas no Santuário do Livro, em Jerusalém, onde está o ponto alto de suas peregrinações: a Igreja do Santo Sepulcro, no centro da Cidade Velha, sendo a atual igreja a quarta construção no local. No Egito, chegando ao Cairo, também a primeira visita é à Igreja de São Sérgio, a mais antiga da terra dos Faraós, com a cripta onde viveu a Sagrada Família, lembrando que o Cristianismo foi introduzido ali por São Marcos, o Evangelista, tornando-se a religião oficial do país, nos finais do século IV. Na Polônia, não esquece o claustro de Jasna Góra, onde está a Virgem Negra, assim como em Lourdes, na França, sempre acompanha a procissão das velas. Em 2010, saindo do Cairo para Israel, pelo deserto do Sinai, visitou o Mosteiro de Santa Catarina, fundado em 527 d. C., onde se encontra o Codex Sinaiticus, o texto, mais antigo das Sagradas Escrituras, incluindo o Novo Testamento por inteiro. Mas em 25 de julho, a festa maior é na Galiza, com a festa de Santiago, em Compostela. E diz que não esquece o 25 de julho de 1991, com a catedral literalmente cheia, e que querendo comungar, apareceu um padre que lhe deu a comunhão, como uma atenção especial do Apóstolo. E na foto acima, o professor Munhoz, com um grupo de amigos, exatamente diante da Igreja de Santiago, mas no Ano Santo Compostelano de 1982.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

EM LISBOA, ANO PASSADO...


    Sim, ano passado, no dia 23 de julho, o professor Munhoz estava numa das cidades do Velho Mundo, que ele mais ama: a lendária Ulyssipona, fundada por Ulisses, depois colônia fenícia, 1200 anos a. C., e último ainda conquistada pelos romanos, tornou-se a Felicitas Julia, em hora de Júlio César. Antes estivera em Roma, descobrindo por acaso uma igreja, em cuja a cripta viveu São Paulo por muito tempo, como prisioneiro, tendo o papa Alexandre VII, em 1661, restituído ao culto e à devoção dos fiéis. Não esquece de um baixo-relevo, onde aparecem São Paulo, São Pedro, São Lucas e Marcial, obra de Cosimo Fancelli (1620-1688). Visitou muitas igrejas da Cidade Eterna, incluindo a de Trinità dei Monti, levando um tempão na Piazza di Spagna. Voltou ao Coliseu, ao Panteon, o “Templos de todos os deuses”, e perdeu a noção do tempo na Galeria Borghese, com obras-primas de Bernini e, em especial, a “Vênus Vencedora”, mármore de Canova, cujo modelo foi Paulina, irmã de Napoleão. Dizem que uma vez concluída a obra, o marido de Paulina, Camillo Borghese, manteve a estátua trancada, negando acesso até a Canova. Depois foi também para Florença, Assis, Siena, não esquecendo a Torre del Mangia, na Piazza del Campo. Adorou rever San Gimignano, patrimônio cultural da humanidade. Em Paris, não parou um minuto, recordando até a manchete do Le Figaro, dizendo “L’Egypte au bord de la guerre”. Foi a Reims, para rever uma das mais belas catedrais góticas do mundo, do século XIII. Em Paris, jantou num restaurante na rue de Budapest, chamado de Le belem, de comida portuguesa. E para lembrar sua estada em Lisboa, tirou o primeiro retrato que se vê acima.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

LEMBRANDO UM SIGNIFICATIVO ANIVERSÁRIO


    Numa carta escrita em Macapá, no dia 14 de fevereiro de 2006, para o desembargador Gilberto Pinheiro, o professor Munhoz dizia: “Ao chegar ontem de Margarita, encontrei o teu cartão me felicitando pelo dia 10. Agradeço a lembrança, inclusive me desejando paz, saúde e sucesso. E mais do que nunca estou precisando de saúde, sem a qual a vida perde muito da sua beleza. Paz é importante, mas sucesso não faz parte dos meus planos. E que pensei no ano passado, nem se discute, pois acredito que tenha sido a maior festa que já se fez a um professor nesta nossa cidade de Macapá, até agora. E se não fosse o teu empenho, ela jamais teria sido realizada. Foste, sem dúvida, a figura mais importante nos festejos de meus 73 anos. E agora, para minha surpresa, a data não foi ainda esquecida, pois fui aplaudido no hotel, em Manaus, por um grupo da Samistur, antes de eu seguir para o aeroporto. Em Belém, Tito Domingues Nuñez me ofereceu um requintado jantar. De Genova-Nervi, na Itália, o padre Fulvio Giuliano rezou sua missa em minha intenção. De Portugal, Rosa e Afonso Offerman não me esqueceram, o mesmo a amiga Anete Ferreira, pois além de uma carta afetuosa, mandou-me um livro com reproduções de esculturas do Parque dos Poetas, em Oeiras, trabalho de Francisco Simões. Do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Ceará, Belém, cartas e telegramas”. E acima, o professor Munhoz na sede da Associação dos Magistrados do Amapá, na festa de seus 73 anos, em 10 de fevereiro de 2005, com três de ex-alunos: o desembargador Gilberto Pinheiro; João Henrique Pimentel, prefeito de Macapá, e o Dr. Pedro Paulo Dias, Vice-Governador do Estado.

UM DOMINGO EM PARIS, COM UMA VISITA AO LOUVRE


    Sábado, 12 de julho último, no programa “Debate Positivo”, de César Bernardo, na rádio Antena 1, o professor Munhoz lembrou a data acima, ano passado, em Paris, um domingo, contando que foi à capela da Medalha Milagrosa, na Rue du Bac, 140, onde por tantos anos serviu de porteira Santa Catarina Labourée, e ali assistiam missa celebrada por um padre brasileiro de São Paulo. Depois correu para o Museu do Louvre, um dos maiores do mundo, revendo algumas obras, como a “Vênus de Milo”, ideal de beleza feminina, do final do século II a. C. Outra que admirou foi a “Vitória de Samotrácia”, também do fim do século III a. C. O “Sarcófago dos Esposos” em terracota pintada, é um original da civilização etrusca, que precedeu os romanos na Itália central. O “Escravo Sentado” é uma estátua egípcia, de 2500 a.C. E obra-prima de Miguel-Ângelo é o “Escravo Morrendo”, escultura que seria para a base do túmulo do papa Júlio II, em Roma. Sempre com milhares de pessoas ao redor, a “Monalisa”, de Leonardo da Vinci, com seu sorriso enigmático. Com pesar fica olhando o cortejo fúnebre do nobre Phillippe Pot, morto no século XV, escultura em pedra, com oito encapuzados carregando o nobre defunto em traje de cavaleiro. O “Cavalo de Marly” é imponente escultura de Guillaume Coustou, com o jovem tratador tentando doma-lo para exibição equestre. E, acima, o professor Munhoz numa das salas do famoso museu de Paris, mas em foto de 13 de julho 1994, tiradas por seu amigo Maiolino Miranda, de Belém do Pará.

A IGREJA DE SAINT MERRY E O SINO MAIS VELHO DE PARIS


    Em Paris, quando vai ao Centro Pompidou, o professor Munhoz nunca deixa de visitar a igreja de Saint Merry, uma das mais antigas e belas da cidade, com um acervo precioso de obras de arte, incluindo nomes importantes na sua história, a partir de Médéricus (Merry), abade de Saint Martin d’Autun, que ali permaneceu e morreu, no século VIII. Da igreja do início do século XIII, ainda existe uma janela que dá para a rua de Saint Martin, e que teve por pároco Jean Beaupére, um dos juízes de Santa Joana d’Arc. Um paroquiano famoso foi o jovem Bocace, mais conhecido como Boccaccio, nascido em 1313 e depois autor do “Decameron”, considerado o primeiro grande realista da literatura universal. Quanto à a construção da igreja atual, em estilo gótico flamboyant, só foi concluída em 1552, com a fachada oeste mais decorada e a torre noroeste ainda alojando o sino mais velho da cidade, de 1331. Os vitrais da nave datam do início do século XVI, assim como o púlpito que foi esculpido em 1753, por P. A. Slodtz. No altar do transepto da esquerda há uma tela de Simon Vouet, de 1640, que mostra Saint Merry libertando prisioneiros. A igreja, além da paroquia, acolhe o Centro Pastoral Halles-Beaubourg, havendo todos os sábados às 21hs e domingos às 16hs, um concerto gratuito, tanto de música clássica, como de contemporânea. A liturgia dominical das 11:15 reagrupa toda a comunidade na oração e na celebração da Eucaristia. Acima, o professor Munhoz na Praça Igor Stravinsky, diante da fonte criada por Niki de Saint Phalle e Jean Tingueli, aparecendo ao fundo a famosa igreja, em foto de Fátima Leitão.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Nas Ruínas da Igreja do Carmo, em Lisboa.



                No dia 10 de julho de 2009, precisamente há 5 anos, em Lisboa, o professor Munhoz lamentava ter perdido, de manhã, a ocasião de conhecer, na Fundação Calouste Gulbenkian, o escritor e jornalista libanês Amin Maalouf, autor de “As Cruzadas Vistas pelos Árabes”. Depois do meio dia, saindo do restaurante “João do Grão”, andou um pouco pelo Rossio e pela Praça da Figueira e, de novo na Praça Dom Pedro IV, dirigiu-se ao Elevador de Santa Justa, com poucos minutos estando diante das ruínas da Igreja do Carmo para comprar o ingresso de um espetáculo baseado no “Romancero Gitano”, de Garcia Lorca. Na espera, que foi longa, conheceu o professor Manuel António Gonçalves e o pintor Rouslam Botiev, com uma exposição na praça. A conversa, como não poderia deixar de ser, girou em torno de literatura e arte, o professor Munhoz lembrando algumas peças do poeta e dramaturgo espanhol que viu no Brasil, como “Bodas de sangue”, “Yerma” e “A casa de Bernarda Alba”, também recordando a visita que o dramaturgo fez à América Latina, em 1933, conhecendo a Argentina, o Uruguai e o Brasil, só por último fazendo referência à sua morte em Víznar, perto de Granada, em 19 de agosto de 1936. Também lembrou o “Pranto por Ignácio Sanchez Mejías”, com o famoso verso:”A las cinco de la tarde”. Do professor português, o professor Munhoz recebeu um presente: “Estudos de Cultura e Literatura Brasileira”, de Jorge de Sena, e do pintor, um desenho mostrando um guerreiro mongol. E, na foto acima, o professor Munhoz está com o professor Manuel António Gonçalvez e a professora Nadya, esposa de Rouslam, numa tarde de 23 de julho de 2010, no Largo do Carmo, em Lisboa, um ano depois de se conhecerem, estando a amizade de todos cada vez mais firme.

No “Museu do Homem”, em Paris



                Numa carta escrita no dia 25 de julho de 1987, em Paris, para a professora Ester Virgolino, o professor Munhoz dizia: “ Fui hoje ao Museu do Homem, na Place du Trocadéro, e tomei um banho de História. Vi máscaras da Oceania, esculturas africanas, arte pré-colombiana, enfim, um mundo de formas e cores deslumbrantes. Na seção de antropologia, que é riquíssima, deixei o homem do passado e me plantei diante dos crânios de Descartes e de Buffon me perguntando o que é a inteligência, me lembrando de Descartes e seu “Discurso do Método”, repetindo o famoso “Cogito, ergo sum”, isto é, “Penso, logo existo”. De Buffon, veio-me à mente a sua ‘História Natural” e a frase da qual não esqueci ainda: ” Le style est l`homme même”. Mas o que me intrigou foi a Vênus de L`aussel, com a Vênus de Lespugue me transportando à Pré-História, com todos os seus mistérios, e a incessante pergunta: ” Como foi mesmo que o homem surgiu na face da terra? Quando? E a magia da arte? “. Com a Vênus de Laussel foram criados os primeiros baixo-relevos, ela sendo esculpida na pedra, numa gruta do Sudoeste aqui da França. E o que significa o chifre do bisonte que tem numa das mãos? Os arqueólogos afirmam que é, provavelmente, o símbolo da fertilidade, uma vez que o homem primitivo só enxergava na mulher a deusa-mãe, com os seios enormes, o ventre dilatado, as coxas maciças e as nádegas descomunais. A Vênus de Lespugue, esculpida há 25.000 mil anos é, para a jornalista Véronique Prat, “petite merveille de grâce e de rondeurs”. Acima, o professor Munhoz em Paris, com os amigos Waldimir Santana e Euton Ramos, no restaurante “ Au Clairon des Chasseurs”, na Place du Tertre, na tarde de 15 de julho de 2001.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A MAIOR DESCOBERTA DE SUA INFÂNCIA


    O professor Munhoz conta que uma das mais antigas recordações que ele tem de sua infância é diante da biblioteca de seu pai, vendo-o consultar grossos volumes. Ele era farmacêutico. E com sua curiosidade, descobriu que eram livros de farmacologia e farmacopeia, duas palavras que estavam longe do seu entendimento. E além desses tomos pesados, que falavam de preparação de remédios, estudando medicamentos, havia muitos outros livros como uma coleção completa de Afrânio Peixoto, romances de Pitigrilli e de Pérez Galdós e um romance que iria marca-lo para sempre: “Fabíola”, do cardeal Wiseman, pois foi através de sua leitura que descobriu os primórdios do Cristianismo, com seus mártires. “Fabíola” antecipou de muitos anos o que somente em julho de 1967 ele veria ao vivo, pela primeira vez: o Coliseu e as ruínas do Forum romano, símbolos do mais poderoso império da Antiguidade. Outra surpresa: descobriu que seu pai também gostava de poesia, encontrando edições de Martins Fontes, Vicente de Carvalho, cognominado de “O Poeta do Mar”, e até hoje tem na memória versos em que ele diz: “Mar, belo mar selvagem/ das nossas praias solitárias”. Outro poeta do qual lembra é Olavo Bilac, símbolo da perfeição formal, juntamente com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, a nossa Trindade Parnasiana. De Bilac, recorda ainda que seu pai tinha na estante “O Caçador de Esmeraldas”, evocando a figura de Fernão Dias Paes Leme. De época tão distante, vemos acima o professor Munhoz, com cinco anos de idade, em Belém, no dia 10 de fevereiro 1937, exatamente no dia do seu aniversário.

ANO PASSADO, EM ROMA


    Hoje, 02 de julho, está fazendo um ano da chegada do professor Munhoz à Cidade Eterna, iniciando suas férias de 2013. E descreve a alegria que sentiu ao voltar à terra dos Césares e dos Papas, onde ainda hoje vive a cabeça visível das Igreja, tendo, desta vez, ficando no hotel Giulio Cesare, na Via degli Scitioni. Mesmo cansado, tomou o metrô e foi à Basílica de São Pedro, com a cúpula de Miguel Ãngelo, onde se encontra o túmulo do Príncipe dos Apóstolos, na margem direita do Tibre, lugar de martírio dos primeiros cristãos, entre eles, o próprio São Pedro. Parando antes na Via Ottaviano, comprou um par de sapatos e depois, em outra loja, uns lenços mostrando monumentos da velha urbe. Quando já estava na praça construída por Bernini, com o obelisco egípcio do Circo de Nero, sentiu falta da sua máquina fotográfica. Voltando à loja, teve a sorte de encontrá-la, mas na volta à praça, as portas da basílica já estavam fechadas, com a praça literalmente cheia, o que levou a dizer: “Parece que o mundo vai acabar, e todos estão em Roma à espera da salvação”. Com Fátima e Sebastião Leitão, seus amigos, anda pela Via della Conciliazione, entrando na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, onde encontrou um folheto fazendo considerações a respeito do Ano da Fé (2012-2013), criado por Bento XVI. De táxi, voltam todos para o hotel. E no seu apartamento, o 112, o professor descobre no teto, pintado, centenas de andorinhas. Tenta contá-las, mas não é possível por causa do sono. O jantar foi no jardim do próprio hotel, com iluminação indireta, num cenário de sonho. No outro dia após o café, volta à Basílica de São Pedro, demorando-se nas Grutas Vaticanas, com os túmulos de muitos papas, incluindo o que se vê na foto acima, de Bonifácio VIII (1294-1303), com sarcófago de Arnolfo di Cambio.

O CATÓLICO JOHN FITZGERAND KENNEDY



    Na véspera de Corpus Christi, dia 18 de junho passado, a conversa de um pequeno grupo era sobre religião, e o professor Munhoz lembrou que tal festa foi instituída pelo papa Urbano IV, em 1264, sendo Santo Tomás de Aquino, o “Doctor Angelicus”, encarregado de compor o ofício litúrgico. Havendo depois mudança de assunto, o professor Munhoz confessou que estava lendo uma biografia de Napoleão Bonaparte, que morreu com 52 anos incompletos, na ilha de Santa Helena, tendo escrito no seu testamento: “Morro na religião católica, apostólica, romana, na qual nasci há mais de 50 anos”. E de Napoleão o assunto passou para John Kennedy, o primeiro presidente católico dos Estados Unidos, um país de maioria protestante e, desta vez, o professor Munhoz ainda aproveitou para citar tópicos do discurso de posse do grande presidente americano, desde o início, quando confessa: “Acabo de prestar perante vós e perante Deus Todo-Poderoso o mesmo juramento” e “a crença de que os direitos do homem não proveem da generosidade do Estado, mas da mão de Deus”. Cita o profeta Isaias (“Aliviar os pesados fardos e libertar os oprimido”) e os trechos mais famosos que até hoje ninguém esqueceu: “Não pergunteis o que nosso país fará por nós; perguntai o que vós podeis fazer por nosso país” e reforça: “Não pergunteis o que os Estados Unidos farão por nós, mas o que juntos poderemos fazer pela liberdade do homem”. E lembrando a morte trágica de Kennedy em Dalas, no dia 22 de novembro de 1963, vemos acima o professor Munhoz no Cemitério de Arlington, diante do túmulo do Presidente que o mundo jamais esquecerá.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

NO VILAREJO DE EIN KEREM, ONDE NASCEU SÃO JOÃO BATISTA


O santo que comemoramos ontem, 24 de junho, é figura importante na história do Cristianismo. Flávio Josefo nas suas "Antiguidades Judaicas" fala na sua vida, inclusive afirmando que muitos "recorriam a ele e se entusiasmavam ao escutá-lo". Mas os evangelistas são mais explícitos, mencionando o lugar onde se desenrolou sua vida pública de conduta austera no vestir e no comer, além de sua função de precursor ao descobrir em Jesus de Nazaré o verdadeiro Messias. Filho de Zacarias e de Santa Isabel, era parente de Jesus, a quem apontou como "Aquele que tira o pecado do mundo" e de si deu testemunho, declarando:"Eu sou a voz do que clama no deserto". A Igreja o celebra desde os seus primórdios, sendo o santo cujo nascimento e martírio são evocados em duas solenidades. O professor Munhoz conta que o mais animado São João do qual participou, foi na cidade do Porto, em 1989, acompanhando, pela madrugada, as "marchas e o povo, com jarros de manjericos, alho-porro, trevos, cidreiras e os infames martelinhos de plástico. Mas não  esquece sua visita a Ein Kerem, a sete quilômetros a oeste do centro de Jerusalém, onde São João viveu e foi batizado, com a igreja do século XVII construída sobre ruínas do período bizantino e estruturas da época das Cruzadas. Acima, uma foto do professor Munhoz em Ein Kerem, onde está a gruta da natividade de São João Batista, o Santo que depois morreria condenado por Herodes Antipas a pedido de Herodíades, como presente de aniversário, num prato.

O MUSEU LASAR SEGALL, EM SÃO PAULO


                                     Depois da morte de Lasar Segall, em 02 de agosto de 1957, com 66 anos, a família do artista iniciou o trabalho de reunir e divulgar a sua obra, na mesma casa onde viveu, na rua Berta, 111, Vila Mariana, em São Paulo, por sinal agora em reforma. E para quem não sabe, Segall nasceu em 1891, em Vilna, na Lituânia, sendo o 6º filho de uma prole de 08. Com 15 anos, foi para Alemanha, onde continuou seus estudos de arte. Em 1912, com apenas 21 anos, veio ao Brasil, fazendo duas exposições com êxito, no ano seguinte. Em 1914, começou a Primeira Guerra Mundial, desaparecendo o lugar da beleza. Em 1923, com 32 anos, mudou-se para nossa terra, casando com dona Jenny Klabin e, em 1927, naturalizou-se brasileiro e se identificou tanto conosco a ponto de pintar um autorretrato como mulato. Fez viagens pelo interior de São Paulo registrando nossas riquezas naturais. E suas obras passam a mostrar novas cores, cheias de luz, incluindo paisagens de Campos do Jordão, refletindo paz e tranquilidade. Mesmo distante, Segall sofria com os horrores da Segunda Guerra. Além da pintura, Segall também esculpiu, fez gravuras e cenários para teatro e decorações de bailes famosos. Em 1964 teve sala especial na Bienal de Arte de São Paulo. E acima o professor Munhoz, no Museu Lasar Segall, em São Paulo, entre duas grandes telas do mestre lituano, na tarde de 10 de agosto de 2001, em foto de Tito Dominguez Nuñez.  

CONSIDERAÇÕES DIVERSAS A RESPEITO DE UM CONHECIDO MESTRE



      De uma pasta, com centenas de recortes, e apenas uma carta, vamos mostrar somente sete exemplos, começando pela carta: 1)"Munhoz, continua assim: luminoso como Portugal, clássico que nem a Grécia, inteligente e culto feito Paris, buliçoso como Amsterdã, enigmático igual o Oriente,  eterno como Roma, solo sagrado como a Palestina, romântico à Veneza e, para não ir mais longe que meu fôlego é curto, mil contrastes à imitação deste nosso Brasil". - Cláudio Barradas, Belém do Pará, 08 de fevereiro de 1977; 2)"Antônio Munhoz, esse monumento de cultura que é hoje um dos patrimônios desta terra". - Alcy Araújo, "O Estado do Amapá", 06-06-1981; 3) "Os seus cabelos brancos, que para alguns representam respingos de serenata, para o professor Munhoz são as marcas de uma lida dedicada ao ensino de gerações de amapaenses". - Carlos Cordeiro Gomes, "Diário do Amapá", 06 de fevereiro de 1997; 4) "O professor Antônio Munhoz Lopes, eu o reputo honra e glória para a nossa terra". - Carlos Bezerra, "Diário do Amapá", 11 de fevereiro de 1996; 5)"O Amapá, com certeza, seria bem melhor do que é, se tivesse mais mestres do calibre do Munhoz". - Editorial de "A Gazeta", 11 de fevereiro de 2005; 6)"Antônio Munhoz, "globe-trotter" inveterado, é uma das expressões de cultura que conhecemos". - Edwaldo Martins - "A Província do Pará, 10 de fevereiro de 1991; 7) E ainda Edwaldo Martins, o grande jornalista de Belém, no dia 18 de janeiro de 1989 já declarava:"O amigo Antônio Munhoz é uma das expressões de cultura que Macapá tomou de Belém". E acima o retrato do mestre de tantas gerações em Macapá, em foto tirada em Lisboa, na manhã de 12 de julho de 2011, com certeza sentindo-se bem lusitano.  

quarta-feira, 18 de junho de 2014

ALGUMAS LEMBRANÇAS DE LISBOA


    Para o professor Munhoz, cuja paixão pelos livros é a mais conhecida (“O que seria da minha vida sem os livros?”), veem depois as viagens pelo mundo, tendo perdido a conta das vezes em que já esteve em Portugal, Espanha, França, Suíça, Alemanha, Itália, Grécia, Dinamarca, Rússia, Holanda, Bélgica, Inglaterra, não esquecendo Israel, Egito, Turquia, índia, Nepal, Malta e Irlanda, assim como os Estados Unidos, com Nova York, Los Angeles e São Francisco. De Lisboa, que afirma ser a porta de entrada do Velho Mundo, lembra-a não só como uma grande metrópole, mas sobretudo a urbe milenária, com seus restos de um passado medieval que o encanta. Num velho caderno de anotações, sem data, recorda fatos importantes, quando diz: “Fui à igreja de Santo Antônio, com a cripta onde ele nasceu. No Museu Antoniano contemplo um painel de azulejos do século XVII, com o taumaturgo pregando aos peixes. No claustro da Sé, o edifício mais antigo da cidade, vejo resquícios de ruínas romanas. Volto ao passado, no Castelo de São Jorge, e não deixo de entrar no Museu de Artes Decorativas, no Palácio Azurara, do século XVII, no Largo das Portas do Sol. Vou à Feira da Ladra, com suas quinquilharias. E olho a cúpula da igreja de Santa Engrácia dominando a parte oriental da cidade. A Casa dos Bicos está fechada. No Palácio Foz visito minha amiga Anete Ferreira. Magnífico o Mosteiro dos Jerônimos, do século XVI. Encanto-me com o Museu dos Coches. Sento num banco da Praça do Império, indo depois ao Museu de Arqueologia. A Torre de Belém fica no meio do Tejo, não esquecendo de rezar diante da imagem de Nossa do Bom Retorno. E por último, vejo as exposições do moderno conjunto do Centro Cultural de Belém”. E acima o professor Munhoz, em julho de 1967, quando esteve pela primeira vez na cidade da qual já se disse: “Quem não viu Lisboa| não viu coisa boa”.