84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

terça-feira, 1 de março de 2016

"RAIMUNDO MARQUES: "O XERIFE" "


                O jornal "Novo Amapá", de 12 de outubro de 1968, portanto, de 48 anos atrás, na coluna "Antônio Munhoz informa", dizia: "Conheço-o de pouco, o que não quer dizer que não o conheça bem. Talvez o conheça melhor do que ele próprio se conheça, embora ele pense diferente: "Acho que não me compreende ainda e sim, começa a compreender-me, se não me engano". Trata-se de Raimundo Marques Pereira, aluno do Colégio Amapaense, e, já na época era casado, trabalhando de dia e de noite, estudando no "melhor colégio do Território: o Padrão". Raimundo Marques afirmava que era contra a guerra do Vietnã, achava os Beathes irreverentes e "gostaria de viver num local pacato, próximo de uma cidade bem agitada, agitadíssima". Dos poetas brasileiros, admirava Manuel Bandeira e Carlos Drummond Andrade. E o "Pequeno Príncipe", de Saint-Exupéry, era o livro mais importante que havia lido até então, considerando-o uma obra-prima. Na época também havia acabado de ler "Você gosta de Brahms", de Françoise Sagan, e "Giovanni", de James Baldwin. Gostando de música e achando "o piano o rei dos instrumentos", muitas das declarações acima foram dadas ao som da "Sonata em Si Menor", op. 58, de Chopin, em execução brilhante de Brailowsky. E como naquele momento o professor Munhoz lia "Sete Palmos de Terra e um Caixão", de Josué de Castro, chegaram a discutir a miséria no Nordeste, ressaltando "não apenas o sofrimento do homem, mas também o sofrimento da terra". E dando uma explicação: o apelido de "xerife" veio de umas estrelas de cinco "vértices" que Raimundo Marques achava por bem de coloca-las em todos os seus cadernos. E na foto acima vemos o professor Munhoz na entrada do restaurante a "Tenda", perto do Colégio Amapaense, onde após a ultima aula de literatura nas sextas-feiras de noite, realizava recitais para seus alunos de 3º ano colegial. Raimundo Marques, o "xerife", está à esquerda da foto ao lado de Maria Façanha e Sueli Borges de Oliveira, suas colegas, lembrando com certeza "Os Timbiras", de Gonçalves Dias, figura maior da 1ª geração romântica, no Brasil.

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