84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A MAIOR DESCOBERTA DE SUA INFÂNCIA


    O professor Munhoz conta que uma das mais antigas recordações que ele tem de sua infância é diante da biblioteca de seu pai, vendo-o consultar grossos volumes. Ele era farmacêutico. E com sua curiosidade, descobriu que eram livros de farmacologia e farmacopeia, duas palavras que estavam longe do seu entendimento. E além desses tomos pesados, que falavam de preparação de remédios, estudando medicamentos, havia muitos outros livros como uma coleção completa de Afrânio Peixoto, romances de Pitigrilli e de Pérez Galdós e um romance que iria marca-lo para sempre: “Fabíola”, do cardeal Wiseman, pois foi através de sua leitura que descobriu os primórdios do Cristianismo, com seus mártires. “Fabíola” antecipou de muitos anos o que somente em julho de 1967 ele veria ao vivo, pela primeira vez: o Coliseu e as ruínas do Forum romano, símbolos do mais poderoso império da Antiguidade. Outra surpresa: descobriu que seu pai também gostava de poesia, encontrando edições de Martins Fontes, Vicente de Carvalho, cognominado de “O Poeta do Mar”, e até hoje tem na memória versos em que ele diz: “Mar, belo mar selvagem/ das nossas praias solitárias”. Outro poeta do qual lembra é Olavo Bilac, símbolo da perfeição formal, juntamente com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, a nossa Trindade Parnasiana. De Bilac, recorda ainda que seu pai tinha na estante “O Caçador de Esmeraldas”, evocando a figura de Fernão Dias Paes Leme. De época tão distante, vemos acima o professor Munhoz, com cinco anos de idade, em Belém, no dia 10 de fevereiro 1937, exatamente no dia do seu aniversário.

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