EM LISBOA, 1987 (II)

Dando continuidade às lembranças das férias do professor Munhoz, em Lisboa, em julho de 1987, lembramos de que no dia 10, a convite do Dr. Sebastião Pestana, assistiu a uma sessão na Academia Portuguesa da História, no Palácio da Rosa, onde conheceu o Dr. José Pereira da Costa, diretor da Torre do Tombo. Na manhã do dia 11, no Museu Calouste Gulbenkian viu a exposição “Antropologia e Memória: Visão atual da Arte Galega”, abrangendo pintura, escultura, arquitetura, fotografia e vídeo. No dia 12, no Teatro São Carlos, foi a vez de assistir a ópera de Rossini, “A Italiana em Argeu”, com a direção do maestro John Neschling. No dia 13, no shopping das Amoreiras, vibrou com o filme “La nave va”, de Fellini; no dia 14, de noite, nas Ruínas do Carmo, assiste à Orquestra Sinfônica da Radiodifusão Portuguesa sob a regência de Manuel Teixeira. No dia 15, foi ao Museu da Cidade, no palácio Pimenta, onde se encantou com “O Fado”, tela de José Malhoa. No dia 16, passou a manhã em Caldas da Rainha e às 12 horas seguiu para Óbidos, hospedando-se na Estalagem do Convento. Ainda em Óbidos, rezou na igreja matriz de Santa Maria, com pinturas de João da Costa e Josefa d’óbidos. Almoçou no “Alcaide” e depois percorreu as muralhas da cidade. No dia 18, voltando a Caldas da Rainha, visitou o Museu José Malhoa. E de noite, já em Lisboa, no Teatro Aberto, assistiu à peça de José Saramago, “A segunda vida de Francisco de Assis”, com o Novo Grupo. Não gostou da peça, como tese. Na manhã de 19, tomou conhecimento de que, em Londres, um homem dera um tiro numa pintura de Leonardo da Vinci, e leu no jornal que, no Recife, acabava de morrer Gilberto Freyre, autor de “Casa-Grande e Senzala” e “Sobrados e Mucambos”. Dia de eleição, a cidade toda de Lisboa vibrou com a vitória do professor Cavaco Silva. E, com uma distância de 26 anos, mostramos acima uma foto do professor Munhoz, tirada em julho deste ano, em Lisboa, uma semana antes de voltar a Macapá.