Numa carta escrita de Lisboa, em 16 de junho de 2003, o professor Munhoz dizia para seu amigo Edwaldo Martins, em Belém:" Cheguei hoje de Madri, mas o meu destino inicial era a velha Lutécia. Ao chegar em Hendaya, encontrei a estação vazia. Soube logo que havia greve-geral na França. Sem titubear, apanho um táxi e sigo para Irun. Horas depois, num Talgo, chego a Saragoça, partindo em seguida para Madri, onde sempre me empanturro de arte, visitando os seus museus, começando pelo Prado, um dos quatro maiores do mundo, e onde agora há uma exposição de Ticiano. No meu apartamento, no hotel, leio a revista "Paisajes", tendo uma primeira visão do que é amostra. Também passo a vista no ultimo número de "Descubrir el Arte", com um trabalho de Manuela Mena sobre a exposição. E no dia seguinte, após o café, a fila já era grande diante do museu, quando cheguei. Mas enfrentando a multidão fora e dentro das salas do prédio fui logo reconhecendo a "Vênus de Urbino", da Galleria degli Uffizi, de Florença, assim como "O retrato de Aretino," da Galleria Pitti, também de Florença. "O retrato do papa Paulo III," pintado em Bolonha, em 1543, mostra o pontífice já ancião. Outra obra que me chamou atenção foi a que retrata "Federico Gonzaga, I duque de Mântua, com um cachorro", assim como o monumental "Martírio de São Lourenço". Com tantas obras, tomo um banho de Ticiano, que na sua língua natal é Tiziano Vecelli, nascido em Pieve di Cadore, entre 1488 e 1490. Para o professor Munhoz, um dos quadros inesquecíveis do artista é a "Assunção da Virgem", na Igreja de Santa Maria Gloriosa dei Frari, em Veneza. E na foto acima, o professor Munhoz está diante do cartaz da magnífica exposição, na manhã de 11 de junho de 2003, em Madri, tirada por Maiolino Miranda, seu amigo de grandes andanças pelo mundo.
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