84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!
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quarta-feira, 12 de março de 2014

VELÁZQUEZ: “O MELHOR PINTOR DE TODOS OS TEMPOS”




    Segundo Ovídio-César Paredes Herrera, no “Novo Guia do Museu do Prado”, Diego Velázquez da Silva, ou simplesmente Velázquez, “é o melhor pintor de todos os tempos, e junto com Goya, são os melhores representantes”, no grande museu de Madri, sendo autor de “Las Meniñas”, “artista perfeito, observador sereno da realidade”. O Museu do Prado, sem duvida, um dos quatro maiores do mundo, possui algumas de suas obras-primas, como “A forja de Vulcano”, terminada em 1630, durante sua primeira estada em Roma; “Os borrachos ou o Triunfo de Baco”, pintado na Itália em 1628, mostra um grupo de aldeões entregues aos prazeres do vinho, enquanto se coroam com folhas de videira; “A rendição de Breda ou As Lanças” representa o momento em que o general Ambrósio Spínola, escoltado por lanceiros, recebe as chaves da cidade de Breda das mãos do vencido Justino de Nassau, ao qual seguem soldados com lanças e alabardas, depois do longo assédio da praça. No quadro “As Fiandeiras ou a Fábula de Aracne” é a luz e a sua ação sobre as figuras o que entusiasmou o artista. Pintou um “Cristo Crucificado” que é considerado um dos mais belos que se conhece. Na “Adoração dos Magos”, de 1619, é identificada a figura da Virgem com a esposa do pintor, e de seu sogro Pacheco, com o Rei na idade madura. Todavia, o quadro mais famoso de Velázquez, é “A família de Felipe IV”, mais conhecido por “As meninas”, obras insuperável, a melhor que saiu de suas mãos, a sua obra por excelência. E na foto acima, o professor Munhoz está na casa de campo de seu amigo Vital Lopes Beserra, na Aroeira, Charneca da Caparica, em Portugal, com um livro sobre Velázquez, considerado por muitos críticos como “o melhor pintor de todos os tempos”.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

“UMA FOTO JÁ CLÁSSICA DA “BANDA”.



    Há pouco, com César Bernardo (de Souza), seu amigo e parceiro no programa radiofônico “Debate Positivo”, aos sábados, pela manhã, indo à casa do ex-prefeito de Macapá, Azevedo Costa, ao chegar, uma de suas noras veio com um notebook e perguntou: “Professor Munhoz, o senhor lembra desta foto? Sabe quem é?” E o ainda folião respondeu: “Sou eu na “Banda” com a Alice Gorda, em 1968”. Mas do ano anterior, documento autêntico é uma carta da professora Ester Virgolino ao professor Munhoz, que se encontrava fora de Macapá, e onde ela dizia: “Ontem, no carnaval de rua, o que mais causou sensação foi um bloco denominado “A Banda”, também fazendo menção a uma boneca imensa e mal vertida de baiana”. Da foto que, para muita gente já é clássica, não sabemos quem é o autor, aparecendo pela primeira vez no livro do historiador Nílson Montoril, “A Banda, o arrastão do povo”, publicado em Macapá em 2004. No volume que tivemos em mãos, o autor do livro na dedicatória chama o professor Munhoz de “CIDADÃO DO MUNDO E FOLIÃO EMÉRITO DO ARRASTÃO DO POVO”. E nesta época consagrada a Momo, todo blog ou Face que se presa, mostra a foto do professor Munhoz de 46 anos atrás. E se um amigo recente, vendo a foto, afirmou que o folião “tinha as pernas de jogador de futebol”, uma amiga, domingo passado, dia 23, agora de fevereiro, na batalha de confetes da Confraria Tucuju, no Largo do Inocentes, não deixou por menos, achando-as “perfeitas”. Acima, a discutida e já clássica foto da Banda, com professor Munhoz e Alice Gorda, na Rua Cândido Mendes, em 1968.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA: “A ARTE DE SER MUITOS”



    O livro mais completo sobre Fernando Pessoa que o professor Munhoz conhece, até hoje, escrito no Brasil, pelo pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho, tem por título “Fernando Pessoa, uma quase autobiografia”, onde ele cita 127 heterônimos do poeta, sendo o primeiro CHEVALIER DE PAS, concebido quando o poeta morava na Rua de São Marçal. CLAUDE PASTEUR é uma brincadeira com o nome do cientista francês Louis Pasteur, que estudou o processo de fermentação da cerveja. DIABO AZUL foi o nome que usou, quando escrevia no semanário lisboeta “O Pimpão”. TAGUS, usou-o nos tempos de Durban, e vem do latim Tagus, que é Tejo. RAPHAEL BALAYA é pagão, astrólogo e antiespiritualista. BARÃO DE TEIVE é considerado seu último heterônimo, mas só foi conhecido depois de sua morte. Dos três mais importantes, ALBERTO CAEIRO nasceu em 16 de abril de 1889, em Lisboa, cedo ficando órfão de pai e mãe, e seu mais conhecido poema é “O guardador de rebanhos”, que inicia afirmando: “Eu nunca guardei rebanhos”. RICARDO REIS nasceu em 19 de setembro de 1887, no Porto. Só escreveu odes, gênero que surgiu na Grécia. Quanto a ÁLVARO DE CAMPOS, nasceu em 15 de outubro de 1890. Rebelde e angustiado, seu niilismo está na “Tabacaria”, onde confessa: “Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada”. BERNARDO SOARES é um semi-heterônimo e no “Livro do desassossego” também confessa: -“Pedi tão pouco á vida e esse pouco a vida me negou”. Acima, o professor Munhoz no Parque dos Poetas, em Oeiras, Portugal, ao lado de Fernando Pessoa, escultura de Francisco Simões, na manhã de 29 de Julho de 2008, em foto de Adriana Bezerra.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

NUMA GALERIA DE ARTE, NA ALFAMA, EM LISBOA



    Na terça-feira, 31 de dezembro passado, chegando à casa de Fátima e Sebastião Leitão, seus amigos de longas datas, a dona da casa foi dizendo ao Professor Munhoz: “Há novidade de Lisboa para o senhor: um e-mail do Dr. Vital Lopes Beserra”. E o amigo brasileiro que mora em Portugal há mais de 30 anos, afirmava: “Uma grande surpresa! Na galeria de arte do pintor Mongol Rouslam Botiev, bem destacado, há um retrato do nosso amigo Professor Munhoz. Adorei o quadro que é bem melhor que a fotografia que eu consegui com o celular de um amigo”. José Luis, filho de Fátima e Sebastião, vendo a foto no e-mail, na mesma hora ampliou-a. E dias depois, ainda de Lisboa, chegou carta do Professor Manuel António Gonçalves, onde se refere “à Galeria d’Arte Pessoa, na Rua de São João da Praça, nº 26, na Alfama de que restam ainda vestígios palpáveis da sinagoga na designada Rua da Judiaria, onde brevemente irá existir ali o Museu Hebraico, o que dinamizará em muito o local”. E num outro tópico, afirma: “O Professor Munhoz tem o seu retrato ali pendurado – uma pintura do Rouslam – a que ele, quando lhe perguntam quem é, responde circunspectamente: O NOSSO AMIGO PROFESSOR MUNHOZ!”. Para quem acompanha este blog, não é estranho o nome de Rouslam Botiev, o artista mongol que o Professor Munhoz conheceu em Julho de 2009, em frente das Ruínas do Carmo, em Lisboa, apresentado pelo Professor Manuel António Gonçalves. E não faz muito, o retrato de Rouslam Botiev foi mostrado aqui, com a mesma evidência do retrato que está na Galeria da Alfama, em Lisboa, e que vemos acima, na foto tirada pelo Dr. Vital Lopes Beserra.

NO PORTO, COM FLORBELA ESPANCA


   
     Numa carta escrita em Portugal, na cidade do Porto, no dia 02 de Junho de 1981, o Professor Munhoz dizia para a Professora Ester Virgolino, sua amiga, citando Tristão de Ataíde, no prefácio de seu livro “Europa de hoje”: “Não devemos tocar muito de perto os ídolos de nossa mocidade, nem procurar qualquer forma de intimidade com os grande homens”. E alertava a amiga, prevenindo-a: “Mas não se espante: quem eu tenho ao meu lado, não é um ídolo de minha juventude. Não é um grande homem, é, todavia, uma extraordinária mulher”. “E essa mulher que eu admiro, e que está comigo, dando-me o maior prazer, morreu há 51 anos: é Florbela Espanca”. E conta: "Saindo, há pouco, encontrei na Livraria Latina, os seus “Sonetos”. E diz mais: “Por sorte, aqui no Grande Hotel do Porto, apartamento 129, não ouço o menor barulho e até esqueci o cansaço da viagem. Não só o silêncio me faz bem, mas cria um clima ideal para a vivência poética”. E cita o primeiro soneto de Florbela Espanca, no seu primeiro livro, “Livro de Mágoas”, de 1919, encontrando de pronto, segundo ele, toda a sua poesia (e percalços de sua vida)”, quando a poetiza afirma: “Este livro é de mágoas.// “Livro de sombras... Névoas e Saudades!”// “Chorai comigo a minha imensa mágoa,/ Lendo o meu livro só de mágoas cheio!” Florbela Espanca morreu no dia em que completava 36 anos, em 08 de dezembro de 1930. Acima, o Professor Munhoz no Parque dos Poetas, em Oeiras, Portugal, na manhã de 29 de Julho de 2008, com os braços pousados no colo de Florbela Espanca, escultura de Francisco Simões e foto de Adriana Bezerra.