84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!
Mostrando postagens com marcador Estátua. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estátua. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

NO PORTO, COM FLORBELA ESPANCA


   
     Numa carta escrita em Portugal, na cidade do Porto, no dia 02 de Junho de 1981, o Professor Munhoz dizia para a Professora Ester Virgolino, sua amiga, citando Tristão de Ataíde, no prefácio de seu livro “Europa de hoje”: “Não devemos tocar muito de perto os ídolos de nossa mocidade, nem procurar qualquer forma de intimidade com os grande homens”. E alertava a amiga, prevenindo-a: “Mas não se espante: quem eu tenho ao meu lado, não é um ídolo de minha juventude. Não é um grande homem, é, todavia, uma extraordinária mulher”. “E essa mulher que eu admiro, e que está comigo, dando-me o maior prazer, morreu há 51 anos: é Florbela Espanca”. E conta: "Saindo, há pouco, encontrei na Livraria Latina, os seus “Sonetos”. E diz mais: “Por sorte, aqui no Grande Hotel do Porto, apartamento 129, não ouço o menor barulho e até esqueci o cansaço da viagem. Não só o silêncio me faz bem, mas cria um clima ideal para a vivência poética”. E cita o primeiro soneto de Florbela Espanca, no seu primeiro livro, “Livro de Mágoas”, de 1919, encontrando de pronto, segundo ele, toda a sua poesia (e percalços de sua vida)”, quando a poetiza afirma: “Este livro é de mágoas.// “Livro de sombras... Névoas e Saudades!”// “Chorai comigo a minha imensa mágoa,/ Lendo o meu livro só de mágoas cheio!” Florbela Espanca morreu no dia em que completava 36 anos, em 08 de dezembro de 1930. Acima, o Professor Munhoz no Parque dos Poetas, em Oeiras, Portugal, na manhã de 29 de Julho de 2008, com os braços pousados no colo de Florbela Espanca, escultura de Francisco Simões e foto de Adriana Bezerra.