84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

NUMA GALERIA DE ARTE, NA ALFAMA, EM LISBOA



    Na terça-feira, 31 de dezembro passado, chegando à casa de Fátima e Sebastião Leitão, seus amigos de longas datas, a dona da casa foi dizendo ao Professor Munhoz: “Há novidade de Lisboa para o senhor: um e-mail do Dr. Vital Lopes Beserra”. E o amigo brasileiro que mora em Portugal há mais de 30 anos, afirmava: “Uma grande surpresa! Na galeria de arte do pintor Mongol Rouslam Botiev, bem destacado, há um retrato do nosso amigo Professor Munhoz. Adorei o quadro que é bem melhor que a fotografia que eu consegui com o celular de um amigo”. José Luis, filho de Fátima e Sebastião, vendo a foto no e-mail, na mesma hora ampliou-a. E dias depois, ainda de Lisboa, chegou carta do Professor Manuel António Gonçalves, onde se refere “à Galeria d’Arte Pessoa, na Rua de São João da Praça, nº 26, na Alfama de que restam ainda vestígios palpáveis da sinagoga na designada Rua da Judiaria, onde brevemente irá existir ali o Museu Hebraico, o que dinamizará em muito o local”. E num outro tópico, afirma: “O Professor Munhoz tem o seu retrato ali pendurado – uma pintura do Rouslam – a que ele, quando lhe perguntam quem é, responde circunspectamente: O NOSSO AMIGO PROFESSOR MUNHOZ!”. Para quem acompanha este blog, não é estranho o nome de Rouslam Botiev, o artista mongol que o Professor Munhoz conheceu em Julho de 2009, em frente das Ruínas do Carmo, em Lisboa, apresentado pelo Professor Manuel António Gonçalves. E não faz muito, o retrato de Rouslam Botiev foi mostrado aqui, com a mesma evidência do retrato que está na Galeria da Alfama, em Lisboa, e que vemos acima, na foto tirada pelo Dr. Vital Lopes Beserra.

NO PORTO, COM FLORBELA ESPANCA


   
     Numa carta escrita em Portugal, na cidade do Porto, no dia 02 de Junho de 1981, o Professor Munhoz dizia para a Professora Ester Virgolino, sua amiga, citando Tristão de Ataíde, no prefácio de seu livro “Europa de hoje”: “Não devemos tocar muito de perto os ídolos de nossa mocidade, nem procurar qualquer forma de intimidade com os grande homens”. E alertava a amiga, prevenindo-a: “Mas não se espante: quem eu tenho ao meu lado, não é um ídolo de minha juventude. Não é um grande homem, é, todavia, uma extraordinária mulher”. “E essa mulher que eu admiro, e que está comigo, dando-me o maior prazer, morreu há 51 anos: é Florbela Espanca”. E conta: "Saindo, há pouco, encontrei na Livraria Latina, os seus “Sonetos”. E diz mais: “Por sorte, aqui no Grande Hotel do Porto, apartamento 129, não ouço o menor barulho e até esqueci o cansaço da viagem. Não só o silêncio me faz bem, mas cria um clima ideal para a vivência poética”. E cita o primeiro soneto de Florbela Espanca, no seu primeiro livro, “Livro de Mágoas”, de 1919, encontrando de pronto, segundo ele, toda a sua poesia (e percalços de sua vida)”, quando a poetiza afirma: “Este livro é de mágoas.// “Livro de sombras... Névoas e Saudades!”// “Chorai comigo a minha imensa mágoa,/ Lendo o meu livro só de mágoas cheio!” Florbela Espanca morreu no dia em que completava 36 anos, em 08 de dezembro de 1930. Acima, o Professor Munhoz no Parque dos Poetas, em Oeiras, Portugal, na manhã de 29 de Julho de 2008, com os braços pousados no colo de Florbela Espanca, escultura de Francisco Simões e foto de Adriana Bezerra.