Numa crônica escrita em Clamart, na França, pela escritora paraense Lindanor Celina, e publicada em Belém, numa quarta-feira, 14 de maio de 1997, ela terminava anunciando:" Carta do Munhoz, de Macapá, chegou para alegrar meu coração hibernal. E as fotos de Noel daquele ermitão que é tão passeador, reparte a vida entre o professorado no Amapá e o Universo. Acabou por sinal de fazer a famosa volta ao mundo:"Cheguei um trapo, mas valeu!". E pela primeira vez em sua vida de solteirão, celebrou o seu 1º Natal na sua casa, com amigos, excelentes as fotos da mesa e da biblioteca, Munhoz, meu avozinho de cabeça alva (farta cabeleira), sorriso de monge-criança, que me diz coisas tristemente verdadeiras. Eu lhe pedira frases de "gente menina", para um trabalho que pretendo criar. Ele diz:"Acho difícil procurar frases insólitas de crianças de hoje. Elas estão pensando como pessoas adultas. É incrível. Não existem mais crianças como antigamente. E por que esse teu saudosismo da infância? A infância que tivemos não existe mais. A infância morreu. O mundo moderno matou a infância". E, na foto acima, confirmando o que disse sua amiga Lindanor Celina, de Clamart, na França onde vivia, vemos o professor Munhoz diante da mesa para a ceia natalina, em sua casa, em Macapá, na noite de 24 de dezembro de 1996.
Nenhum comentário :
Postar um comentário