84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

terça-feira, 3 de março de 2015

O "RETRATO DE GINEVRA DE'BENCI", DE LEONARDO DA VINCI

                    

                                                 Somente agora encontramos o roteiro da primeira viagem internacional do professor Munhoz, em julho de 1967, tendo início pelos Estados Unidos, com Nova York e, em Washington visitou a Casa Branca, o Capitólio e o Smithsonian Institute, onde viu os aviões dos irmãos Wright e o de Lindberg, além das históricas cápsulas espaciais dos astronautas John Glenn e Alan Shepard. Mas o que, na verdade, o encantou, foi, na Galeria Nacional de Arte, o "Retrato de Ginevra de'Benci", de Leonardo da Vinci, autor da "Mona Lisa", no Museu do Louvre, em Paris. O retrato de Ginevra é um óleo sobre madeira adquirido pela galeria em 1967, por um preço récorde, na época, de 5 milhões de dólares, pagos ao príncipe Francesco Giuseppe II, de Liechtenstein, até então seu proprietário. Ginevra era filha do banqueiro florentino Amerigo di Giovanni Benci, nascida em 1457 e casada aos 17 anos com Luigi di Bernardo Niccolini. E o primeiro historiador de arte a examinar o quadro, ainda da coleção privada do príncipe de Liechtenstein, foi Wilhelm Bode, no final do século XIX. O retrato é hoje um dos destaques da Nathional Gallery of Art, em Washington, e embora bonito, é austero, não mostrando sugestão alguma de um leve sorriso como a "Gioconda" do Louvre. Seu olhar, embora de frente, parece indiferente ao espectador. E ainda segundo os estudiosos do quadro, no passado, presumivelmente devido a danos, cortaram-lhe os braços. Mulher de beleza e renome, Ginevra também foi celebrada em sonetos, inclusive louvando suas virtudes. Acima, o "Retrato de Ginevra de'Benci", que o professor Munhoz viu no dia 07 de julho de 1967, em Washington, na Galeria Nacional de Arte, antes de conhecer a "Mona Lisa", do Louvre, e a "Dama com arminho", do Museu Czartoryschi, de Cracóvia.     

A PRIMEIRA DE MUITAS VIAGENS ( l )

                                         A primeira viagem internacional do professor Munhoz foi em julho de 1967, começando pelos Estados Unidos, com Nova York e Washington, seguindo depois para Portugal num avião da Pan American, com chegada a Lisboa e visitas ao Castelo de São Jorge, a Praça do Comércio, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerônimos, ápice da arquitetura manuelina, e o Museu de Arte Antiga. De noite, foi a uma casa de fado, no Bairro Alto. Em excursão, conheceu Queluz, Sintra, Cascais e Estoril. Num outro dia, em autopullman, visitou Óbidos, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Batalha e Leiria. Em Coimbra, foi à Universidade, à Sé, ao Penedo da Saudade e á Quinta das Lágrimas, continuando para Figueira da Foz e Aveiro, cujas salinas figuram no testamento da condessa Mumadona, de 959 d.C. No Porto, esteve na Catedral, jantando na Ribeira, às margens do Douro. Visitou a Casa-Museu Guerra Junqueiro e no Palácio da Bolsa, encantou-se com o Salão Árabe. Da igreja de São Francisco não esquece até hoje a Árvore de Jessé, em madeira dourada, esculpida entre 1718 e 1721 por Filipe da Silva e António Gomes. Também subiu os 240 degraus da torre da Igreja dos Clérigos. Depois foi a Guimarães, berço da nação portuguesa, com D. Afonso Henriques. Em Braga, passou horas na Sé, iniciada no século XII. Em Barcelos, nascida de assentamento romano, admirou o seu artesanato, cujo símbolo é o galo nascido de uma lenda. Acima, o professor Munhoz, em Lisboa, no Castelo de São Jorge, na manhã do dia 07 de julho de 1967, aparecendo dona Cati e a professora Maria das Dores Correa, ambas de Macapá.     

LINDANOR CELINA, ANTÔNIO MUNHOZ E HAROLDO FRANCO

                                              Na edição do "Jornal do Povo", de domingo, 11 de junho de 1978, foi publicada uma carta de Paris, de 02 de maio, escrita por América Vivot, lembrando que em Macapá visitará o jornal de Haroldo Franco, juntamente com Flexa de Miranda e Lindanor Celina, "a escritora mais premiada do Norte, que vive entre a França e a Grécia, sem perder os laços que a ligam ao Brasil". Haroldo frisa que América e Lindanor são duas amigas que, infelizmente, não pôde visitar na sua permanência em Paris, em abril daquele ano, e justificando sua ausência, "manda pela Air France as saudades e as homenagens do repórter, de Flexa de Miranda e de Antônio Munhoz". Na mesma página, a carta da América conta a chance que teve de conhecer Lindanor, "uma escritora talentosa que tem o mérito também de ser brasileira", frisando que "Lindanor é uma velha amiga de Haroldo, tendo sido sua colega de turma na Universidade do Pará, no curso de Letras. A crônica de Lindanor, no "Jornal do Povo", é dedicada a Antônio Munhoz e a Haroldo Franco, e diz no início que "De Macapá eu só tenho é feliz lembrança" e conta: "Três vezes ali fui, duas levando meus livrinhos; outra quando universitária, para visitar "o reino do manganês". E recorda "o primeirinho encontro: Munhoz e os estudantes". E suspira: "Macapá: Eu bem gostaria de te rever, tuas noites - violão na ponte", e "saber se ainda existe a "Pedra de Itaiara", naquele canto de praia". Numa outra carta escrita em Paris, no dia 1º de outubro ainda de 1978, Lindanor perguntava ao professor Munhoz: "Recebeu a crônica dedicada a você e ao Haroldo?". A carta chegara por "gentileza da América Vivot". Acima, Lindanor Celina ao lado do túmulo de Fernando Pessoa, em foto do poeta português Manuel Correia Marques, na casa de quem, por muitos anos, o professor Munhoz se hospedou em Lisboa, na Avenida Visconde Valmor, 28, 2º, Dto.      

SALVADOR, BAHIA, JULHO DE 1984

                             Descobrimos, há pouco, que o professor Munhoz esteve em Salvador, na Bahia, em julho de 1984 - portanto, há 31 anos - através de uma carta para a professora Ester Virgolino, escrita depois de uns dias no Recife, onde visitou seu amigo Sebastião Ramalho, de quem afirmava: "Ramalho não está bem. Tem dificuldade de andar. Na verdade, quase não pode andar". Num outro tópico, afirma: "Tenho aproveitado bastante e, por duas vezes, fui a Olinda". Quanto a Salvador, confessa: "Estou adorando tudo, com um acervo artístico e histórico fantástico, embora nem sempre bem cuidado. " E, cheio de entusiasmo, diz: "Em matéria de igrejas, há maravilhas, e a de São Francisco é um deslumbramento, conseguindo realizar "o ideal da igreja de ouro", surgido em Lisboa". Lembra a igreja da Ordem Terceira de São Francisco, "a única de fachada plateresca no Brasil, com um claustro que é uma preciosidade". Diz ainda: "Na Catedral Basílica, onde está o túmulo de Mem de Sá, sentei na cadeira do Pe. Antônio Vieira. A igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia foi inteiramente pré-fabricada em Portugal, tendo as pedras vindo como lastro dos navios que voltavam carregados com os produtos da terra. No Solar do Ferrão vi a coleção de Abelardo Rodrigues. E no Museu de Arte Sacra, um altar de prata da antiga Igreja da Sé. No museu Costa Pinto foram as coleções de balangandãs em prata que me encantaram". No final, confessa: "Tenho subido e descido ladeiras que são um horror!" Acima, seu amigo Richard Santiago Pereira, com quem sempre viaja para Salvador, na manhã de 12 de janeiro de 2010, diante de uma igreja, com duas baianas, símbolos da religiosidade e do folclore da cidade-mãe do Brasil.          

sábado, 17 de janeiro de 2015

PROFESSOR MUNHOZ: "COLUNISTA SOCIAL (II)

                               Dando prosseguimento aos "50 itens" do que nos anos 80, para o professor Munhoz eram sinônimos de "curtição, luxo, beleza e muito chique", como ele afirmava na edição de "O Estado do Amapá", de 05 de dezembro de 1980, com saudosismo, lembramos o que ele escreveu, há 15 anos: XII - "Bater longos papos com Cláudio Barradas, o maior homem de teatro do Pará"; XIII - "Ser recebido por Paulo e Lúcia Cândida Meira, em Belém"; XIV - "Conversar com Elias Psaros, um homem internacional da melhor estirpe, atualizado e de um bom-gosto à altura da velha Hélade"; XV - "Almoçar informalmente no belíssimo apartamento dos irmãos Abud, com uma pinacoteca de dar inveja. Os anfitriões são David, Olguita e Julieta"; XVI - "O lirismo de Haroldo Franco, recordando o passado, com o belo texto de "A raposa e as rosas"; XVII - "Receber cartas de Paris, de Lindanor Celina, "A Menina de Itaiara" que, apesar do tempo, continua sempre e cada vez mais jovem"; XVIII - "Andar pelas ruas de Èvora, em Portugal, no alto de uma colina, com seu templo greco-romano"; XIX - "Em Madri, jantar no "Sobrino de Botin", com mais de 200 anos, onde a música é de trovadores"; XX - "Ainda em Madri, não deixar de ir ao Museu do Prado para admirar obras primas de Goya, Velásquez e Hieronymus Bosch, com "O jardim das delícias". Acima, o professor Munhoz no apartamento do "Ouro Verde", dos irmãos Abud, com Olguita e Julieta, no dia 13 de outubro, domingo do Círio de 1996, em Belém do Pará.    

A MÚMIA EGÍPCIA, COM CÂNCER DE PRÓSTATA

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                                  Há dois anos, em Lisboa, o professor Munhoz esteve no Museu Nacional de Arqueologia, na ala oeste do Mosteiro dos Jerônimos, que comemorava seus 120 anos de existência, o programa constando de exposições, conferências, debates, literatura e cinema entre outras iniciativas. Mas o museu, que ele sempre visita, há dois anos, para ele, teve um fito especial. É que soube que a múmia egípcia que lá está exposta, do período ptolomaico, era masculina e que submetida a uma tomografia, revelou ter sofrido de câncer de próstata, o mais antigo caso desta patologia confirmado até hoje, no velho Egito. Ele conta que visitando a múmia, lembrou de um livro do historiador Paul Johnson, que leu em 1999, "História Ilustrada do Egito Antigo", onde ele afirma: "Nenhuma múmia foi encontrada com sífilis, como tão pouco com câncer". O professor Munhoz ainda lembrou o Dr. Bob Brier, grande paleopatologista-médico especialista em doenças da Antiguidade - que diz num de seus livros, "que uma autópsia moderna de uma múmia egípcia, baseada em alta tecnologia, pode revelar o que ela comeu, quando foi atingida pela doença e, com sorte, qual foi a causa da morte". O professor Munhoz lembra ainda que a mais famosa múmia que ele viu, até hoje, foi a de Tutancamen, que visitou no Vale dos Reis, num dia de sol escaldante. Acima, o professor Munhoz na sala do Museu de Arqueologia de Lisboa, diante da múmia com câncer de próstata, o câncer mais comum entre os homens.       

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DIANTE DO TAJ MAHAL, EM AGRA.

                                             
                              Há pouco, numa conversa, o professor Munhoz falava da única visita que fez, até agora, à Índia, em 1996, recordando alguns de seus monumentos mais importantes, como o Forte Vermelho, em Delhi, símbolo de seu passado mongólico, com o pavilhão das audiências particulares e a sala de audiências públicas. Lembrou também o Palácio Cor-de-Rosa, em Jaipur, e voltou a Delhi com o túmulo de Humanyan, do século XVI, combinando antigos elementos persas com o artesanato e materiais indianos. Mas a maravilha, frisou, é o Taj Mahal, também conhecido como a “Tumba do Amor” e que é, sem dúvida, uma das obras-primas mais famosas da arquitetura indiana. Terminado em 1653, foi erguido pelo sultão Shah Jahan para servir de túmulo à sua esposa Mumtaz – Mahal, que significa “favorita do palácio”, e que morreu ao dar à luz seu décimo quarto filho. O edifício, em mármore branco, deveria ter sua réplica em mármore negro do outro lado do rio, mas o imperador não pôde construí-lo, pois passou os últimos anos de vida encerrado no palácio por um dos filhos que desejava se apoderar do trono. Até hoje as mulheres estéreis fazem peregrinação ao monumento para suplicar que lhes seja dado o dom da fertilidade. Construído em precioso mármore branco, é finamente marchetado para dar a impressão de uma leve renda, com o seu interior enriquecido por mosaicos em lápis-lazuli, jaspe e coral. Ícone arquitetônico, é o maior símbolo romântico do mundo. Na foto acima, em Agra, diante do Taj Mahal, vemos não só o professor Munhoz, mas de Macapá Fátima e Sebastião Leitão e ainda Ana Alcolumbre.


Professor Munhoz: “Legendário patrimônio cultural vivo do Estado e “Ícone de Cultura e Caráter”.

                              Em velho e quebradiço calhamaço, encontramos, há pouco, alguns dados sobre o professor Munhoz, dizendo: “ Na noite de 03 de maio de 2008, no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá, no término do I Encontro Interdisciplinar, cujo tema foi “ Macapá: pensamento, cultura e educação em 250 anos de história”, o Instituto de Ensino Superior do Amapá – Iesap – através da professora Maria do Socorro Paiva Rodrigues, diretora geral, e do professor José Adauto Teixeira Rodrigues, diretor administrativo, prestou homenagem ao professor Antônio Munhoz Lopes, pelos “ seus relevantes serviços prestados à educação do povo amapaense”, considerando-o “ legendário patrimônio cultural vivo do Estado”. E junto uma carta do seu amigo Enéas Alvarez, escrita em Olinda (Pernambuco), perto do Farol, no dia 18 de abril, também de 2008, ele, num tópico contando: “Visitei outro dia meu amigo Francisco Brennand, escultor e pintor, com quem passei uma aprazível manhã, e lembrei muito de você, pois na Nova Jerusalém encontrei um agradável casal amapaense, por quem lhe mandei lembranças. Quando falei no seu nome, só vieram elogios. Como você é respeitado aí, na sua terra! Orgulhei-me de ser seu amigo e de poder ter falado no seu nome, ícone de cultura e caráter”. E o professor José Humberto Gomes de Oliveira, numa carta de Capistrano, Ceará, no dia 10 de abril também de 2008, escreveu: “Hospedei-me na casa do amigo Bismark, em Fortaleza, e falamos a seu respeito. Para ele, tê-lo como amigo significa honra e status.  Endosso, de coração, o que diz o Bismark”. Acima, o professor Munhoz numa foto tirada em Lisboa, na manhã de 03 de agosto de 2007, quando estava com 75 anos de idade.
 


NAS GRUTAS VATICANAS, O TÚMULO DE GIUNIO BASSO

                          Numa carta escrita no dia 29 de julho de 1985, em Roma, para a professora Ester Virgolino, o professor Munhoz dizia:"A manhã toda de hoje passei na Basílica de São Pedro, descendo às Grutas Vaticanas. E o primeiro túmulo que visitei foi o do Príncipe dos Apóstolos ("Sepulcrum Sancti Petri Apostoli"), renovando a minha fé no Papa, como representante de Cristo na terra: "Tu es Petrus et super hanc pétram aedificabo Ecclesiam meam". Lembrei também do que dizia Santo Ambrósio: "Ubi Petrus, ibi Ecclesia", onde está Pedro, aí está a Igreja, admirando os sepulcros de Pio XII (Eugenio Pacelli), João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli), Paulo VI (Giovanni Battista Montini) e João Paulo I (Albino Luciani), cujo o pontificado durou apenas 33 dias. Mas o que na verdade me deixou deslumbrado foi o túmulo de Giunio Basso, descoberto durante as escavações para a construção da nova Basílica de São Pedro, em 1597. É um trabalho admirável de mármore, chamando-me a atenção a figura de Cristo no trono: jovem e sem barba. Giunio Basso foi prefeito de Roma, morrendo quando tinha apenas 42 anos e dois meses, logo após a sua conversão ("Neofitus iit at Deum"). O túmulo é de 359 d.C., sendo considerado um dos mais importantes documentos da arte funerária romana. Num dos fragmentos da cartela encontrada em 1942 é confirmada a data de sua morte, quando era cônsules Eusébio e Spazio. Acima, o túmulo de Giunio Basso, uma das maravilhas da arte funerária da velha Roma, considerada outrora "A cidade dos Césares" e ainda hoje "A cidade dos Papas".

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LEMBRANDO UMA EXPOSIÇÃO

                                Quando o professor Munhoz fez 80 anos, em fevereiro de 2012, dentre tantas homenagens, uma das mais significativas foi, sem duvida, a do SESC-AMAPÁ, com uma exposição denominada "Antônio Munhoz em Memórias e Nuances" e da qual encontramos agora a relação dos 60 itens apresentados naquele momento, na galeria que tem o seu nome. Foram vistas peças raras, de grande qualidade artística, sentimental e algumas até curiosas como dos frascos gregos de perfume; um bule marroquino; um vaso egípcio de metal; um relógio português, uma escultura do Kênia; um grande vaso de Limoge, um Buda do Nepal e uma menorá que trouxe de Israel, na sua primeira visita à Terra Santa. Uma das preciosidades foi uma edição da "Imitação de Cristo", de Thomaz de Kempis, de 1826, presente de dona Vina Marques, viúva do poeta português Manuel Correia Marques, seu amigo. Um outro livro exposto, com dedicatória, foi "La Belleza Salverà il Mundo", editado na Itália, sobre a obra pictórica do padre Fulvio Giuliano, onde aliás o professor é citado. Outros livros, com dedicatória, foram de Manoel Costa e Lindanor Celina, que viveu em Clamart, na França. A pintura teve seu ponto alto com obras de Fulvio e Franco Giuliano, como de R. Peixe e Rouslam Botiev, artista mongol que, hoje, vive em Lisboa. E outra curiosidade foi uma caricatura do professor Munhoz, feita em Madri, na Espanha, pelo argelino Yagoub Chouaíb. Além de retratos, incluindo o primeiro tirado em sua vida, no dia 10 de junho de 1932, com 04 meses, numa escrivaninha havia cartas escritas em diversas cidades do mundo, como Leningrado, hoje São Petersburgo, Paris, Jerusalém e Dublin. E, acima, o homenageado diante de 03 telas na exposição, em foto de Consolação Corte, sua amiga. 

ANTÔNIO MUNHOZ: "CITOYEN DU MONDE"


                                                   Encontramos uns dados biográficos do professor Munhoz, em francês, dizendo: "Fils de José Ayres Lopes et Izabel Munhoz Lopes, est né à Belém du Pará le 10 fevrier 1932. Il accomplit ses études juridiques à Belém dans la vieille Faculté de Droit du Pará. A Macapá, il fut le premier commissaire de la "DOPS" (Commissariat à l'Ordre Politique et Social). Il fut Directeur du Collége de l'Amapa, Secrétaire à l'Education, Secrétaire à la Justice Fédérale de Première Instance et Directeur du Conservatoire de Musique de l'Amapa. Il réalisa les premiers salons d'art plastique de l'Amapa, dès septembre 1963. En octobre 1869 il est choisi par un jury comme "Maître de l'Année, recevant à cette occasion un stylo d'or du Gouverneur Ivanohé Gonçalves Martins. A cause des nombreux, voyages qu'il continue de faire sur tous les continents, Haroldo Franco l'a appelé "citoyen du monde", ainsi que "un des meilleurs maîtres de la nouvelle civilisation que le Brésil est en train d'implanter en Amazonie". Alcy Araújo a dit Antônio Munhoz: "Une figure impressionnante, dotée du plus solide bagage culturel entre ceux qui fréquentent les itinéraires de la Latitude Zero." Pour Antônio Munhoz, "voyager est une des meilleures choses de l'existence". Acima, o professor Munhoz num recanto da velha Paris, uma das cidades que ele mais ama no mundo.