"Não, não sou um bom "bon-gourmet"

Numa velha entrevista, o professor Munhoz dizia que "saber beber é uma arte requintada e de poucos" e que ele "não é exatamente um "bon-gourmet". É, sim, o que se chama vulgarmente de boa-boca e contava:"Fui acostumado desde pequeno, por  minha mãe, a nada recusar à mesa, sendo ela neste ponto muito exigente. E essa exigência triplicou no internato, onde passei sete anos. Os padres não deixavam por menos. E, por isso, não tenho luxo, aceitando qualquer tipo de alimentação. Nada reclamo. Tudo é bem-vindo, tudo é bem recebido". E quando quiseram saber se a sua cozinha predileta era a francesa ou  italiana, respondeu que era a árabe. Conhecendo muitos países, como a China, o Japão, o Nepal, a Tailândia, a Rússia, nunca teve problema de alimentação. Na Europa, acha que onde melhor se come e mais se come é em Portugal. Adora a comida brasileira, em especial a do Pará. Proibido agora de comer carne bovina pelo seu nefrologista, Dr. Antônio Teles, desforra em fartas peixadas na casa da professora Zaide Soledade e dos seus amigos Carla Nobre e Bené Alcântara. Consolação Corte, na casa de quem almoça aos sábados, depois do programa "Debate Positivo", com César Bernardo, diz que o seu comensal nunca deu o menor trabalho, o mesmo repetindo Fátima e Sebastião Leitão, com quem o professor Munhoz almoça há muitos anos, aos domingos. Acima, para complementar o que dissemos, vemos o professor Munhoz diante de uma caldeirada de tucunaré, na Peixaria Amazonas, em Macapá, na noite de 10 de novembro de 2004.