No dia 11 de dezembro, no auditório do Museu Sacaca, às 19 horas, começou a "aula da saudade", ideia da Dra. Elda Araújo, com apoio da primeira-dama, Cláudia Capiberibe. Mas o que se assistiu foi uma aula de verdade, com o professor Munhoz no auge de seus 80 anos, lembrando a literatura no Brasil, no século XVI, com a "Carta", de Pero Vaz de Caminha, e o padre José de Anchieta, nosso primeiro professor. No Barroco, não esqueceu a "Prosopopeia", de Bento Teixeira, a sátira de Gregório de Matos, e o padre Antônio Vieira, com os seus "Sermões". E, minunciosamente, falou do Arcadismo, com Claudio Manoel da Costa, Basílio da Gama, Frei José de Santa Rita Durão, e o lirismo de "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga. E, não deixando por menos, como outrora, exigente, discorreu sobre o Romantismo (Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, José de Alencar); Realismo (Machado de Assis), Naturalismo (Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa), Parnasianismo (Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira), Simbolismo (Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens), Pré-Modernismo (Euclides da Cunha, Graça Aranha, Monteiro Lobato) e a explosão do Modernismo, com a Semana de Arte Moderna, em 1922. E, no final, ainda fez um teste de fixação da matéria. Quanto à homenagem, após a aula, segundo a professora Zaide Soledade foi "a melhor coisa que se fez até hoje ao professor Munhoz". E, na foto acima, o mestre da tantas gerações em Macapá, já de noitinha, terminando de falar daquilo que ele mais gosta: literatura, arte e beleza.
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