84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O PROFESSOR MUNHOZ E O “COLAR DO MÉRITO JUDICIÁRIO”



    No “Diário do Amapá”, edição de 19 de junho de 1997, em “NOTA 10”, José Marques Jardim, da Editoria de Cultura, anunciava: “O professor Antônio Munhoz Lopes recebeu esta semana, do Tribunal de Justiça do Amapá, o “Colar do Mérito Judiciário” e, mais adiante afirmava que “a honra foi passada pelo presidente do TJAP, desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, que foi aluno de Munhoz, tido como um dos decanos da cultura local, responsável pelas primeiras manifestações artísticas, num tempo em que fazer arte era bem mais difícil que hoje”, e frisava que “ele organizou o I Salão de Artes Plásticas do Amapá”, sendo seus amigos “poetas, escritores, pintores, escultores e todos que fazem da arte uma maneira de vida”, citando, em especial, o nome do padre Fulvio Giuliano, “que além de religioso era um dos maiores pintores que por aqui passaram”. Também faz menção às viagens que o professor realizou pelo mundo, afirmando que “De Portugal à Índia, ele viu de perto as maravilhas deixadas por outras eras” e, para complementar, lembramos agora as Pirâmides, no Egito; o Partenon, em Atenas, na Acrópole; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, em Agra, na Índia, sem dúvida, um dos mais belos edifícios do mundo, e, para não ir mais longe, o templo de Borobudur, em Java, na Indonésia, uma das maravilhas do mundo. E, na foto acima, o professor Munhoz, na festa de seus 80 anos, no Restô do Parque, em Belém, em fevereiro de 2012, com um grupo de ex-alunos amapaenses, tendo à frente o desembargador Gilberto Pinheiro, de quem recebeu o “Colar do mérito Judiciário”, em 1997.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A HOMENAGEM DE UM EX-ALUNO



    Encontramos o recorte de uma velha edição do Jornal do Povo, mas sem a data, onde, numa croniqueta denominada “A raposa e as rosas”, descobrimos quase no final, que é uma homenagem ao professor Munhoz, da parte de seu ex-aluno Haroldo Franco. Logo no início, ele confessa “uma afinidade cultural, desde quando o repórter” _Haroldo Franco_ “aprendeu latim no Colégio Amapaense e fez o curso de letras na Universidade do Pará”, ligando “o rabiscador de notícias” ao professor de tantas gerações em Macapá. E afirma que “os livros de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, e “Le Petit Prince”, de Saint-Exupéry, foram lições que o mestre transmitiu naqueles debates memoráveis do Curso Clássico”. E Haroldo Franco proclama: “As aulas do Munhoz, arejadas e cultas, foram definitivas o bastante para que eu as lembrasse quando lecionei Literatura nos Colégios Paes de Carvalho, Carmo, Santo Antônio e Nazaré, em Belém”. E diz ainda: “Mais tarde, como titular da cadeira de Língua Espanhola na Universidade Federal do Pará, pude sentir o quanto foram válidas as informações transmitidas pelo Munhoz sobre a Península Hispânica e em torno dos romances de cavalaria, de tão magnífico colorido”. Haroldo lembra ainda “os concursos de oratória e de reportagem, os seminários sobre os clássicos portugueses e brasileiros e textos que apelavam à criatividade dos seus alunos”. E reconhece que, “como “Cidadão do Mundo”, Munhoz encastela-se nos museus da Europa, atravessa as ilhas gregas, contorna as estepes russas e vai aos Pirineus com a tranquilidade de um homem livre, para quem o dinheiro é apenas um detalhe que lhe permite comprar passagens e pagar os pedágios desta vida”. E Haroldo encerra, confessando: “Tenho certeza de que procurei estar à altura do mestre, naquelas aulas que a gente poderia esquecer se não tivessem existido, por exemplo, na ficção de Exupéry, a raposa e as rosas. Um abraço”. Sem termos em mãos uma foto de Haroldo Franco, vai acima a mesma foto com a qual ilustrou a homenagem ao seu antigo mestre.

UMA DAS FOTOS QUE O METON NÃO VIU



     Duas semanas antes de partir para a Eternidade, Meton Jucá encontrando o professor Munhoz, pediu: “Apareça por casa. Precisamos lembrar a “Thenda”. Mas não esqueça das fotos”. Para quem não sabe, a “Thenda” era um bar que, nos idos de 70, Meton criara com João Capiberibe e Élson Martins, nos fundos da Galeria Comercial da Av. Fab, nas proximidades do Colégio Amapaense, naqueles tempos o “Colégio Padrão”, o “Colosso Cinzento” e onde o professor Munhoz ensinava literatura (para o Meton, o professor Munhoz era “o guru” da turma). Nas sextas-feiras, após a última aula noturna da semana, aconteciam na Thenda famosos saraus, com a melhor música e a melhor poesia, com um grupo de escol, do qual faziam parte, além do Meton e do Élson, Isidoro, o “Piapau”, E’dson Calandrini, Antônio Chucre, Antônio Cabral de Castro, Carlos Nílson, Masataka, Bonfim Salgado, Maria Façanha, Sueli Borges de Oliveira, Déa Soares, Zeneide Alves de Sousa, que continua desafiando a Amazônia como cirurgiã plástica e tantos outros alunos, que eram muitos. E numa volta da Europa, o pessoal achou que o professor Munhoz voltara “cheirando a civilização” e o obrigaram a falar da Inglaterra, segundo eles, “com seus lampejos anárquicos, revolucionando conceitos seculares, destruindo tabus que pareciam ser eternos”. Noutra vez, com as mesas juntas, alguém lembrou a “Santa Ceia”, faltando o Judas, que era um do grupo e estava se mostrando mau caráter e, por isso faltara de propósito. Nos intervalos dos papos, Antônio Chucre lia poemas do Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles e a musica era de Chopin, Bach, Borodin, Mozart e Tchaikovki. Na foto acima, numa noite especial, o professor Munhoz ao chegar com um grupo do CA, para falar de Pero Vaz de Caminha, André Thevet, Jean de Léry e Hans Staden, o alemão que escapou de ser devorado pelos índios.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

DIANTE DA “FONTANA DI TREVI”, EM ROMA



    Um dos encantos de Roma, a Cidade Eterna, são sem dúvida, as suas fontes, uma tradição que teve início na época do Império, quando a urbe romana era conhecida por “regina aquarum”, isto é, a rainha das águas. E, para os antigos cidadãos, o progresso era representado por uma eficiente rede de água, formada por onze aquedutos que forneciam um bilhão de litros por dia, e pelas estradas, que uniam as várias partes do Império e facilitavam as comunicações. O mais importante é que as 212 fontes da Roma antiga se multiplicaram e hoje são 1600 espalhadas por toda cidade, algumas delas famosas pela sua beleza, como a “Fontana del Moro” e a “Fontana dei Fiumi”, ambas na Piazza Navona, sendo a última, obra de Bernini, e já mostradas nesse blog. Mas nenhuma supera a maior, criada por Nicola Salvi, entre 1732 e 1762, a pedido do papa Clemente XIII, mostrando no centro a figura de Netuno com dois tritões: um tentando domar um cavalo-marinho rebelde e outro conduzindo um animal mais tranquilo, referência às diferentes condições do mar. Originalmente, o local marcava o fim do aqueduto Aqua Virgo, construído em 19 a.C. por Agripa, genro e braço direito de Augusto, para canalizar água para as novas termas romanas. E a “Fontana di Trevi”, nome derivado provavelmente de uma jovem chamada de Trívia, a primeira pessoa a mostrar a nascente a 22 quilômetros da cidade, a soldados sedentos, se tornou mais famosa ainda com o filme de Federico Fellini, “La Dolce Vita”, com Anita Ekberg, e “A Fonte dos Desejos”, película americana que mostrava uma superstição que sobrevive até hoje: jogar uma moeda de costas, para voltar à Cidade que também é dos Papas. Acima, o professor Munhoz diante da Fontana Di Trevi, na tarde de 04 de Julho de 2013, em foto de Fátima Leitão.

MUNHOZ NA EUROPA, EM 2010 (I)



    Encontramos, há pouco, umas anotações do professor Munhoz, onde ele diz: “Estou com 78 anos, mas não perdi ainda a vontade de viajar. E a prova maior é de que passei o mês de janeiro entre Salvador , na Bahia, acompanhando, pela primeira vez, a procissão do Bonfim, com o amigo Richard Santiago Pereira, de Xambioá, e segui depois para o Rio de Janeiro, vendo exposições de arte, visitando museus e igrejas, indo a livrarias, como ao teatro e ao cinema (com a grande Mostra Godard 80), enfim, sem perder um minuto do meu tempo. Em julho, como faço há muitos anos, voltei à Europa, ficando por primeiro em Portugal, dividindo-me entre Lisboa e Coimbra, seguindo depois para a Alemanha, com Berlim, onde não ia desde a época do Muro, vendo, pela primeira vez, no Museu Egípcio, o busto de Nefertiti, esposa de Amenófis IV, ainda hoje “um ícone da feminilidade e da beleza”, além de “um símbolo do Egito”, como diz o paleopatólogo americano Bob Brier. Ainda na Alemanha, visitei Meissen, uma cidade medieval famosa pela sua porcelana, e Dresden, que foi até a II Guerra Mundial uma das cidades mais bonitas da Europa, com edifícios magníficos, tudo sendo destruído na noite de 13 para 14 de fevereiro de 1945, pelas forças aéreas britânica e americana, restando só escombros. Na Galeria dos Velhos Mestres está uma das mais famosas obras de Rafael Sanzio, a “Madona Sistina”, encomenda de Júlio II ( ex-cardeal Giuliano della Rovera), um dos grandes papas do Renascimento. Dresden é chamada pela riqueza de seus tesouros artísticos e suntuosidade de seus edifícios, a “Florença do Elba”. E inesquecível é o chamado “Desfile dos Príncipes”, de 102 metros, na Augusta Strasse, com quase 24.000 azulejos de porcelana de Meissen, que mostra 35 margraves, duques, príncipes eleitores e reis, 800 anos de história da Casa Wettin”. Na foto acima, o professor Munhoz em Dresden, na manhã de 17 de julho de 2010, ouvindo um tocador de bandura, instrumento tradicional da Ucrânia, com 68 cordas, em foto de Fátima Leitão.