84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!
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quarta-feira, 12 de março de 2014

AINDA OS HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA


    Já vimos neste blog que Fernando Pessoa é um dos casos mais complexos, se não único da Literatura Portuguesa, com seus heterônimos, verdadeiros desdobramentos de sua personalidade, sendo os mais importantes: ALBERTO CAEIRO, o poeta do campo e da natureza. RICARDO REIS, o poeta voltado para a Antiguidade clássica, vendo o mundo de uma forma humanística. ALVARO DE CAMPOS é o poeta moderno, do século XX, engenheiro de profissão e que não foge de sua condição de homem sujeito à maquina. BERNARDO SOARES é outro heterônimo, ou “semi-heterônimo”, com qual aparece no “Livro do Desassossego”, em prosa, publicado em 1982, com a declaração de que é a sua “autobiografia sem fatos”, a sua “história sem vida”. A recolha e a transcrição dos textos são de Maria Aliete Galhoz e Tereza Sobral Cunha e do professor Jacinto do Prado Coelho são o prefácio e a organização do livro. Todavia é importante lembrar que até 1935, quando morreu, Fernando Pessoa só havia publicado na revista Presença “Antinous”, “35 Sonnts”, “English Poms I-II”, “English Poms III” e o seu primeiro livro de verdade, Mensagem, de 1934, com 44 poemas, título baseado no “Mens agitat molem” (“O espírito move a matéria”), de Virgilio, na “Eneida”, a maior epopeia da Literatura Latina. No concurso de 1933, patrocínio do Secretariado da Propaganda Nacional, “Mensagem” perde para “A romaria”, do frade franciscano, Vasco Reis, repedindo-se o que ocorreu em 1887, no julgamento do Prêmio D. Luís, da Academia Real de Ciências, quando “A diligência”, de Eça de Queirós, perdeu o primeiro lugar para uma peça de teatro menor, “O duque de Vizeu”, de Henrique Lopes de Mendonça. O argumento da derrota de Fernando Pessoa foi ter o seu livro simplesmente um número menor de páginas. Acima, foto raríssima de Fernando Pessoal, com sete anos, antes de viajar para Durban, na África do Sul, em janeiro de 1896.