O “SÃO JERÔNIMO” DO MUSEU DAS JANELAS VERDES, DE LISBOA.

    

    O professor Munhoz conhece centenas de obras de Albrechet Dürer, considerado o mais importante artista alemão de todos os tempos, que nasceu e morreu em Nuremberg, sendo um dos primeiros artistas do norte da Europa a conhecer a arte renascentista italiana. Seu pai de origem húngara, era ourives, mas Dürer abandonou o negócio da família para se tornar pintor, trabalhando como artista itinerante, entre 1490 e 1494. O professor Munhoz cita algumas de suas obras que viu em muitos museus do mundo, lembrando “A adoração da Santíssima Trindade” no Kunsthistorisches Museum, de Viena, assim como “A adoração dos Magos”, da Galleria degli Uffizi, em Florença, sem esquecer o “Autorretrato”, com Flor de Rícino, no Museu do Louvre, em Paris, e “A festa do Rosário”, do Museu Nacional de Praga. Mas dentre tantas obras importantes do genial artista, não esquece o “São Jerônimo”, uma das preciosidades do Museu Nacional de Arte Antiga (ou das Janelas Verdes), de Lisboa, obra que foi doada pelo próprio artista ao representante do rei de Portugal, servindo de modelo, para o santo, um velho de 93 anos, como está assinalado num dos estudos preparatórios do quadro hoje em Viena, havendo também no Gabinete de Gravura, de Berlin, outro estudo do mesmo quadro, com a assinatura e data de 1521. A obra do Museu das Janelas Verdes ficou na posse da família Fernandes de Almada até os fins do século XIX, tendo sido adquirida pelo Estado só em 1880. É um quadro dramático e se presta à meditação da morte, com a caveira em primeiro plano. Outra beleza é o vermelho de suas vestes e o louro de sua barba. Acima uma bela visão do quadro, numa foto especial para este blog, onde a arte tem papel importante.