84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

sábado, 17 de janeiro de 2015

A MÚMIA EGÍPCIA, COM CÂNCER DE PRÓSTATA

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                                  Há dois anos, em Lisboa, o professor Munhoz esteve no Museu Nacional de Arqueologia, na ala oeste do Mosteiro dos Jerônimos, que comemorava seus 120 anos de existência, o programa constando de exposições, conferências, debates, literatura e cinema entre outras iniciativas. Mas o museu, que ele sempre visita, há dois anos, para ele, teve um fito especial. É que soube que a múmia egípcia que lá está exposta, do período ptolomaico, era masculina e que submetida a uma tomografia, revelou ter sofrido de câncer de próstata, o mais antigo caso desta patologia confirmado até hoje, no velho Egito. Ele conta que visitando a múmia, lembrou de um livro do historiador Paul Johnson, que leu em 1999, "História Ilustrada do Egito Antigo", onde ele afirma: "Nenhuma múmia foi encontrada com sífilis, como tão pouco com câncer". O professor Munhoz ainda lembrou o Dr. Bob Brier, grande paleopatologista-médico especialista em doenças da Antiguidade - que diz num de seus livros, "que uma autópsia moderna de uma múmia egípcia, baseada em alta tecnologia, pode revelar o que ela comeu, quando foi atingida pela doença e, com sorte, qual foi a causa da morte". O professor Munhoz lembra ainda que a mais famosa múmia que ele viu, até hoje, foi a de Tutancamen, que visitou no Vale dos Reis, num dia de sol escaldante. Acima, o professor Munhoz na sala do Museu de Arqueologia de Lisboa, diante da múmia com câncer de próstata, o câncer mais comum entre os homens.       

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DIANTE DO TAJ MAHAL, EM AGRA.

                                             
                              Há pouco, numa conversa, o professor Munhoz falava da única visita que fez, até agora, à Índia, em 1996, recordando alguns de seus monumentos mais importantes, como o Forte Vermelho, em Delhi, símbolo de seu passado mongólico, com o pavilhão das audiências particulares e a sala de audiências públicas. Lembrou também o Palácio Cor-de-Rosa, em Jaipur, e voltou a Delhi com o túmulo de Humanyan, do século XVI, combinando antigos elementos persas com o artesanato e materiais indianos. Mas a maravilha, frisou, é o Taj Mahal, também conhecido como a “Tumba do Amor” e que é, sem dúvida, uma das obras-primas mais famosas da arquitetura indiana. Terminado em 1653, foi erguido pelo sultão Shah Jahan para servir de túmulo à sua esposa Mumtaz – Mahal, que significa “favorita do palácio”, e que morreu ao dar à luz seu décimo quarto filho. O edifício, em mármore branco, deveria ter sua réplica em mármore negro do outro lado do rio, mas o imperador não pôde construí-lo, pois passou os últimos anos de vida encerrado no palácio por um dos filhos que desejava se apoderar do trono. Até hoje as mulheres estéreis fazem peregrinação ao monumento para suplicar que lhes seja dado o dom da fertilidade. Construído em precioso mármore branco, é finamente marchetado para dar a impressão de uma leve renda, com o seu interior enriquecido por mosaicos em lápis-lazuli, jaspe e coral. Ícone arquitetônico, é o maior símbolo romântico do mundo. Na foto acima, em Agra, diante do Taj Mahal, vemos não só o professor Munhoz, mas de Macapá Fátima e Sebastião Leitão e ainda Ana Alcolumbre.


Professor Munhoz: “Legendário patrimônio cultural vivo do Estado e “Ícone de Cultura e Caráter”.

                              Em velho e quebradiço calhamaço, encontramos, há pouco, alguns dados sobre o professor Munhoz, dizendo: “ Na noite de 03 de maio de 2008, no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá, no término do I Encontro Interdisciplinar, cujo tema foi “ Macapá: pensamento, cultura e educação em 250 anos de história”, o Instituto de Ensino Superior do Amapá – Iesap – através da professora Maria do Socorro Paiva Rodrigues, diretora geral, e do professor José Adauto Teixeira Rodrigues, diretor administrativo, prestou homenagem ao professor Antônio Munhoz Lopes, pelos “ seus relevantes serviços prestados à educação do povo amapaense”, considerando-o “ legendário patrimônio cultural vivo do Estado”. E junto uma carta do seu amigo Enéas Alvarez, escrita em Olinda (Pernambuco), perto do Farol, no dia 18 de abril, também de 2008, ele, num tópico contando: “Visitei outro dia meu amigo Francisco Brennand, escultor e pintor, com quem passei uma aprazível manhã, e lembrei muito de você, pois na Nova Jerusalém encontrei um agradável casal amapaense, por quem lhe mandei lembranças. Quando falei no seu nome, só vieram elogios. Como você é respeitado aí, na sua terra! Orgulhei-me de ser seu amigo e de poder ter falado no seu nome, ícone de cultura e caráter”. E o professor José Humberto Gomes de Oliveira, numa carta de Capistrano, Ceará, no dia 10 de abril também de 2008, escreveu: “Hospedei-me na casa do amigo Bismark, em Fortaleza, e falamos a seu respeito. Para ele, tê-lo como amigo significa honra e status.  Endosso, de coração, o que diz o Bismark”. Acima, o professor Munhoz numa foto tirada em Lisboa, na manhã de 03 de agosto de 2007, quando estava com 75 anos de idade.
 


NAS GRUTAS VATICANAS, O TÚMULO DE GIUNIO BASSO

                          Numa carta escrita no dia 29 de julho de 1985, em Roma, para a professora Ester Virgolino, o professor Munhoz dizia:"A manhã toda de hoje passei na Basílica de São Pedro, descendo às Grutas Vaticanas. E o primeiro túmulo que visitei foi o do Príncipe dos Apóstolos ("Sepulcrum Sancti Petri Apostoli"), renovando a minha fé no Papa, como representante de Cristo na terra: "Tu es Petrus et super hanc pétram aedificabo Ecclesiam meam". Lembrei também do que dizia Santo Ambrósio: "Ubi Petrus, ibi Ecclesia", onde está Pedro, aí está a Igreja, admirando os sepulcros de Pio XII (Eugenio Pacelli), João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli), Paulo VI (Giovanni Battista Montini) e João Paulo I (Albino Luciani), cujo o pontificado durou apenas 33 dias. Mas o que na verdade me deixou deslumbrado foi o túmulo de Giunio Basso, descoberto durante as escavações para a construção da nova Basílica de São Pedro, em 1597. É um trabalho admirável de mármore, chamando-me a atenção a figura de Cristo no trono: jovem e sem barba. Giunio Basso foi prefeito de Roma, morrendo quando tinha apenas 42 anos e dois meses, logo após a sua conversão ("Neofitus iit at Deum"). O túmulo é de 359 d.C., sendo considerado um dos mais importantes documentos da arte funerária romana. Num dos fragmentos da cartela encontrada em 1942 é confirmada a data de sua morte, quando era cônsules Eusébio e Spazio. Acima, o túmulo de Giunio Basso, uma das maravilhas da arte funerária da velha Roma, considerada outrora "A cidade dos Césares" e ainda hoje "A cidade dos Papas".

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LEMBRANDO UMA EXPOSIÇÃO

                                Quando o professor Munhoz fez 80 anos, em fevereiro de 2012, dentre tantas homenagens, uma das mais significativas foi, sem duvida, a do SESC-AMAPÁ, com uma exposição denominada "Antônio Munhoz em Memórias e Nuances" e da qual encontramos agora a relação dos 60 itens apresentados naquele momento, na galeria que tem o seu nome. Foram vistas peças raras, de grande qualidade artística, sentimental e algumas até curiosas como dos frascos gregos de perfume; um bule marroquino; um vaso egípcio de metal; um relógio português, uma escultura do Kênia; um grande vaso de Limoge, um Buda do Nepal e uma menorá que trouxe de Israel, na sua primeira visita à Terra Santa. Uma das preciosidades foi uma edição da "Imitação de Cristo", de Thomaz de Kempis, de 1826, presente de dona Vina Marques, viúva do poeta português Manuel Correia Marques, seu amigo. Um outro livro exposto, com dedicatória, foi "La Belleza Salverà il Mundo", editado na Itália, sobre a obra pictórica do padre Fulvio Giuliano, onde aliás o professor é citado. Outros livros, com dedicatória, foram de Manoel Costa e Lindanor Celina, que viveu em Clamart, na França. A pintura teve seu ponto alto com obras de Fulvio e Franco Giuliano, como de R. Peixe e Rouslam Botiev, artista mongol que, hoje, vive em Lisboa. E outra curiosidade foi uma caricatura do professor Munhoz, feita em Madri, na Espanha, pelo argelino Yagoub Chouaíb. Além de retratos, incluindo o primeiro tirado em sua vida, no dia 10 de junho de 1932, com 04 meses, numa escrivaninha havia cartas escritas em diversas cidades do mundo, como Leningrado, hoje São Petersburgo, Paris, Jerusalém e Dublin. E, acima, o homenageado diante de 03 telas na exposição, em foto de Consolação Corte, sua amiga. 

ANTÔNIO MUNHOZ: "CITOYEN DU MONDE"


                                                   Encontramos uns dados biográficos do professor Munhoz, em francês, dizendo: "Fils de José Ayres Lopes et Izabel Munhoz Lopes, est né à Belém du Pará le 10 fevrier 1932. Il accomplit ses études juridiques à Belém dans la vieille Faculté de Droit du Pará. A Macapá, il fut le premier commissaire de la "DOPS" (Commissariat à l'Ordre Politique et Social). Il fut Directeur du Collége de l'Amapa, Secrétaire à l'Education, Secrétaire à la Justice Fédérale de Première Instance et Directeur du Conservatoire de Musique de l'Amapa. Il réalisa les premiers salons d'art plastique de l'Amapa, dès septembre 1963. En octobre 1869 il est choisi par un jury comme "Maître de l'Année, recevant à cette occasion un stylo d'or du Gouverneur Ivanohé Gonçalves Martins. A cause des nombreux, voyages qu'il continue de faire sur tous les continents, Haroldo Franco l'a appelé "citoyen du monde", ainsi que "un des meilleurs maîtres de la nouvelle civilisation que le Brésil est en train d'implanter en Amazonie". Alcy Araújo a dit Antônio Munhoz: "Une figure impressionnante, dotée du plus solide bagage culturel entre ceux qui fréquentent les itinéraires de la Latitude Zero." Pour Antônio Munhoz, "voyager est une des meilleures choses de l'existence". Acima, o professor Munhoz num recanto da velha Paris, uma das cidades que ele mais ama no mundo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

EM BOROBUDUR, NA ILHA DE JAVA


    O professor Munhoz, não faz muito tempo, lembrou as quatro vezes em que já esteve em Jerusalém, umas das cidades mais antigas do mundo. Agora, ele recorda uma ilha de quase 1.200 quilômetyros de extensão, com 220 de largura e que no século I da nossa era, ali já havia ricas colônias indianas. Seu nome em sânscrito é "Yavadvipa", que significa "ilha da cevada abundante". Quanto à sua importância, basta lembrar que no local viveu o "Pithecanthropus erectus", descoberto no século XIX por Dubois. Mas o nosso interesse, no momento, é pelo monumento budista considerado o maior do mundo, e que foi encontrado em 1815, pelos ingleses, e é conhecido por Borobudur. Sua construção tem a forma de uma uma pirâmide truncada em sete degraus, e em cujo topo se encontra uma estupa central, rodeada de outras menores, com um Buda em oração. Segundo se acredita, o monumento foi abandonado em meados do século XV, quando a Ilha de Java abraçou o islamismo, renunciando ao budismo. Mas as ruinas descobertas em 1815, só entraram para a lista dos Patrimônios da Humanidade da Unesco, em 1991. O projeto de restauração foi concluido em 1983, ao custo de 25 milhões de dólares. Os níveis mais altos da estrutura escalonada são arrmatadas com 72 estupas em formato de sino, com mais de 400 Budas. Borobudur, na Indonésia, é obra-prima do gênio criativo da humanidade e, como lembrou o repórter Zeca camargo, num livro da Editora Globo, em 2009, Borobudur "é uma construção que já seria impressionante hoje, mas ganha ainda mais força guando nos lembramos que está ali há mais de 1000 anos". E na foto acima, na manhã de 24 de julho de 1996, vemos o professor Munhoz abraçando um Buda na Ilha de Java, na Indonésia, afirmando o que se diz de Borobudur: que é o maior monumento budista do mundo.

PROFESSOR MUNHOZ: "COLUNISTA SOCIAL" (I)


    O professor Munhoz, de quem já se disse que "é quase uma marca, sendo o professor de Literatura mais celebrado do Estado", nos anos 80 fez coluna social e numa edição de "O Estado do Amapá", do dia 05  de dezembro de 1980, definiu em 50 itens o que era naquele tempo, "curtição, luxo, beleza e muito chique", como: I - "Os jantares "en petit comité" na casa dos amigos Maurice e Leila Ghammachi. Eram Jantares requintadíssimos"; II - "Passar as manhãs de domingo, na "Morrada dos Ventos", de Marlindo e Isolina Serrano, casal que sabe receber, primando pelo bom-gosto"; III - "Ir à casa de Nilde e Maria Tereza Santiago. O Dr. Nilde é a tranquilidade personificada. E Maria Tereza, um vulcão de exuberância, simpatia e bem servir"; IV - "Sair na coluna de Edwaldo Martins, in "A Província do Pará". Edwaldo é um colunista eclético e "raffiné", além de amigo de verdade"; V - "Ir para o exterior, na companhia de Edyr Pacheco, um companheiro fora de série, amigo em toda e qualquer circunstância"; VI - "Sair zanzando, pela noite, em companhia de Euton Ramos. Babá tem sempre coisas do arco-da-velha para contar"; VII - "Ler os livros de Gore Vidal e Truman Capote. Na literatura nacional é indispensável conhecer Clarice Lispector"; VIII - "Frequentar, em Belém, a casa de Alcyr e Francy Meira. Francy é mulher elegantíssima e chiquérrima"; IX - "Ler "Vogue" (nacional) e "Interview" (também nacional). Não se pode neste momento, desconhecer a filosofia de Andy Warhol"; X - "Assistir cinema (video-cassete) na belíssima cada de Abílio Couceiro, em Belém. Abílio e Míriam são amigos-irmãos"; XI - "E nas caladas da noite, ouvir um noturno de Chopin, ou uma sinfonia de Beethoven. Ou mesmo uma ópera de Verdi". Na foto acima, o professor Munhoz com os Ghammachi (seu Maurice, dona Leila e Gisele), na noite de 24 de dezembro de 1996, durante a ceia de Natal, em sua casa da Leopoldo Machado, com a Felipe Camarão.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ALGUMAS ROTAS DE PEREGRINAÇÃO, COMO SANTIAGO DE COMPOSTELA


    Visitar igrejas e museus é com o professor Munhoz. Ele não mede distância, tendo sido a partir de julho de 1967 que iniciou um longo peregrinar, que ainda não acabou, apesar de seus 82 anos bem vividos, sem reclamar cansaço. E em muitos desses lugares, como Fátima, em Portugal, e Santiago de Compostela, na Espanha, é capaz de chegar por lá de olho fechado. Na Terra Santa, onde viveu Jesus, já esteve quatro vezes, começando por Belém, com a Igreja da Natividade, depois tomando banho no Mar Morto, rezando na igreja do Pater Noster, passando horas no Santuário do Livro, em Jerusalém, onde está o ponto alto de suas peregrinações: a Igreja do Santo Sepulcro, no centro da Cidade Velha, sendo a atual igreja a quarta construção no local. No Egito, chegando ao Cairo, também a primeira visita é à Igreja de São Sérgio, a mais antiga da terra dos Faraós, com a cripta onde viveu a Sagrada Família, lembrando que o Cristianismo foi introduzido ali por São Marcos, o Evangelista, tornando-se a religião oficial do país, nos finais do século IV. Na Polônia, não esquece o claustro de Jasna Góra, onde está a Virgem Negra, assim como em Lourdes, na França, sempre acompanha a procissão das velas. Em 2010, saindo do Cairo para Israel, pelo deserto do Sinai, visitou o Mosteiro de Santa Catarina, fundado em 527 d. C., onde se encontra o Codex Sinaiticus, o texto, mais antigo das Sagradas Escrituras, incluindo o Novo Testamento por inteiro. Mas em 25 de julho, a festa maior é na Galiza, com a festa de Santiago, em Compostela. E diz que não esquece o 25 de julho de 1991, com a catedral literalmente cheia, e que querendo comungar, apareceu um padre que lhe deu a comunhão, como uma atenção especial do Apóstolo. E na foto acima, o professor Munhoz, com um grupo de amigos, exatamente diante da Igreja de Santiago, mas no Ano Santo Compostelano de 1982.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

EM LISBOA, ANO PASSADO...


    Sim, ano passado, no dia 23 de julho, o professor Munhoz estava numa das cidades do Velho Mundo, que ele mais ama: a lendária Ulyssipona, fundada por Ulisses, depois colônia fenícia, 1200 anos a. C., e último ainda conquistada pelos romanos, tornou-se a Felicitas Julia, em hora de Júlio César. Antes estivera em Roma, descobrindo por acaso uma igreja, em cuja a cripta viveu São Paulo por muito tempo, como prisioneiro, tendo o papa Alexandre VII, em 1661, restituído ao culto e à devoção dos fiéis. Não esquece de um baixo-relevo, onde aparecem São Paulo, São Pedro, São Lucas e Marcial, obra de Cosimo Fancelli (1620-1688). Visitou muitas igrejas da Cidade Eterna, incluindo a de Trinità dei Monti, levando um tempão na Piazza di Spagna. Voltou ao Coliseu, ao Panteon, o “Templos de todos os deuses”, e perdeu a noção do tempo na Galeria Borghese, com obras-primas de Bernini e, em especial, a “Vênus Vencedora”, mármore de Canova, cujo modelo foi Paulina, irmã de Napoleão. Dizem que uma vez concluída a obra, o marido de Paulina, Camillo Borghese, manteve a estátua trancada, negando acesso até a Canova. Depois foi também para Florença, Assis, Siena, não esquecendo a Torre del Mangia, na Piazza del Campo. Adorou rever San Gimignano, patrimônio cultural da humanidade. Em Paris, não parou um minuto, recordando até a manchete do Le Figaro, dizendo “L’Egypte au bord de la guerre”. Foi a Reims, para rever uma das mais belas catedrais góticas do mundo, do século XIII. Em Paris, jantou num restaurante na rue de Budapest, chamado de Le belem, de comida portuguesa. E para lembrar sua estada em Lisboa, tirou o primeiro retrato que se vê acima.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

LEMBRANDO UM SIGNIFICATIVO ANIVERSÁRIO


    Numa carta escrita em Macapá, no dia 14 de fevereiro de 2006, para o desembargador Gilberto Pinheiro, o professor Munhoz dizia: “Ao chegar ontem de Margarita, encontrei o teu cartão me felicitando pelo dia 10. Agradeço a lembrança, inclusive me desejando paz, saúde e sucesso. E mais do que nunca estou precisando de saúde, sem a qual a vida perde muito da sua beleza. Paz é importante, mas sucesso não faz parte dos meus planos. E que pensei no ano passado, nem se discute, pois acredito que tenha sido a maior festa que já se fez a um professor nesta nossa cidade de Macapá, até agora. E se não fosse o teu empenho, ela jamais teria sido realizada. Foste, sem dúvida, a figura mais importante nos festejos de meus 73 anos. E agora, para minha surpresa, a data não foi ainda esquecida, pois fui aplaudido no hotel, em Manaus, por um grupo da Samistur, antes de eu seguir para o aeroporto. Em Belém, Tito Domingues Nuñez me ofereceu um requintado jantar. De Genova-Nervi, na Itália, o padre Fulvio Giuliano rezou sua missa em minha intenção. De Portugal, Rosa e Afonso Offerman não me esqueceram, o mesmo a amiga Anete Ferreira, pois além de uma carta afetuosa, mandou-me um livro com reproduções de esculturas do Parque dos Poetas, em Oeiras, trabalho de Francisco Simões. Do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Ceará, Belém, cartas e telegramas”. E acima, o professor Munhoz na sede da Associação dos Magistrados do Amapá, na festa de seus 73 anos, em 10 de fevereiro de 2005, com três de ex-alunos: o desembargador Gilberto Pinheiro; João Henrique Pimentel, prefeito de Macapá, e o Dr. Pedro Paulo Dias, Vice-Governador do Estado.

UM DOMINGO EM PARIS, COM UMA VISITA AO LOUVRE


    Sábado, 12 de julho último, no programa “Debate Positivo”, de César Bernardo, na rádio Antena 1, o professor Munhoz lembrou a data acima, ano passado, em Paris, um domingo, contando que foi à capela da Medalha Milagrosa, na Rue du Bac, 140, onde por tantos anos serviu de porteira Santa Catarina Labourée, e ali assistiam missa celebrada por um padre brasileiro de São Paulo. Depois correu para o Museu do Louvre, um dos maiores do mundo, revendo algumas obras, como a “Vênus de Milo”, ideal de beleza feminina, do final do século II a. C. Outra que admirou foi a “Vitória de Samotrácia”, também do fim do século III a. C. O “Sarcófago dos Esposos” em terracota pintada, é um original da civilização etrusca, que precedeu os romanos na Itália central. O “Escravo Sentado” é uma estátua egípcia, de 2500 a.C. E obra-prima de Miguel-Ângelo é o “Escravo Morrendo”, escultura que seria para a base do túmulo do papa Júlio II, em Roma. Sempre com milhares de pessoas ao redor, a “Monalisa”, de Leonardo da Vinci, com seu sorriso enigmático. Com pesar fica olhando o cortejo fúnebre do nobre Phillippe Pot, morto no século XV, escultura em pedra, com oito encapuzados carregando o nobre defunto em traje de cavaleiro. O “Cavalo de Marly” é imponente escultura de Guillaume Coustou, com o jovem tratador tentando doma-lo para exibição equestre. E, acima, o professor Munhoz numa das salas do famoso museu de Paris, mas em foto de 13 de julho 1994, tiradas por seu amigo Maiolino Miranda, de Belém do Pará.